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São Paulo, sábado, 26 de abril de 2003

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FILMES E TV PAGA

Três Solteirões e Uma Pequena Dama
SBT, 15h45.
  
(Three Men and a Little Lady). EUA, 90, 104 min. Direção: Emile Ardolino. Com Tom Selleck, Steve Guttenberg. Os heróis de "Três Solteirões e Um Bebê" agora estão ameaçados de perder a guarda da menina que criaram, e que já tem cinco anos, pois a mãe da criança decide casar e viver na Inglaterra.

O Último dos Moicanos
Globo, 16h15.
  
(The Last of the Mohicans). EUA, 92, 114 min. Direção: Michael Mann. Com Daniel Day-Lewis, Madeleine Stowe. Na América colonial, o moicano Day-Lewis salva a jovem Cora (Stowe) de um ataque dos franceses, que lutam com os britânicos pelo domínio da região. É um mito fundador, uma espécie de "O Guarani" dos EUA, escrito por James Fenimore Cooper. O filme, no entanto, está muito abaixo do mito.

A Musa
Globo, 23h05.
  
(The Muse). EUA, 99, 97 min. Direção: Albert Brooks. Com Albert Brooks, Sharon Stone. Roteirista de cinema sem inspiração busca uma musa que o inspire. Bem, Brooks parece ainda não ter encontrado sua musa e faz mais uma daquelas coisas chochas. Inédito.

Dorothy Dandridge - O Brilho de uma Estrela
SBT, 23h30.
  
(Introducing Dorothy Dandrige). EUA, 99, 120 min. Direção: Martha Coolidge. Com Halle Berry, Brent Spiner. Biografia de Dorothy Dandrigde (1923-1965), que seria a estrela de "Carmen Jones", de Otto Preminger. Aqui, Dorothy brilha via Halle Berry. Feito para TV.

O Violino Vermelho
SBT, 1h40.
   
(The Red Violin). Canadá/Itália, 98, 150 min. Direção: François Girard. Com Carlo Cecchi, Greta Scacchi. A história de um violino ao longo de três séculos? Ou três séculos através da história desse violino? Filme com muito boas referências. A conferir, se possível.

Arte da Sedução
Bandeirantes, 2h.
 
(Teach me). EUA, 97, 87 min. Direção: Gary Delfiner. Com Raasa Leela Shields, Greg Provance. Mulher apaixonada pelo marido, mas que tem problemas na hora de transar, segue conselhos de amiga e vai a um endereço misterioso, onde embarca em aventura nebulosa, mas que pode despertar a sua sexualidade. A questão não deixa de ser pertinente, mas as sinuosidades do enredo sugerem antes uma besteira tamanho família.

Caça ao Unicórnio
Globo, 2h50.
 
(The Hunt for the Unicorn Killer). EUA, 99. Direção: William A. Graham. Com Kevin Anderson, Tom Skerritt. A história de Ira Einhorn (Anderson), ativista político (setor pacifismo e ecologia) que o amor transforma em assassino. Pacifista assassino: que prato, hein? Feito para TV. Inédito.

Conspiração
SBT, 4h05.
  
(The Shadow Conspiracy). EUA, 96, 103 min. Direção: George Pan Cosmatos. Com Charlie Sheen, Donald Sutherland. Assessor de presidente dos EUA é advertido por professor de uma conspiração em andamento em plena Casa Branca. Mas o professor é morto. Desarmar a bomba será a tarefa do assessor. Quem gosta de suportar a banalidade de Pan Cosmatos? A imensa maioria que não liga para isso terá a ver uma diversão honesta, algo não tão frequente assim. Só para SP. (IA)


TV PAGA

O mundo da sexualidade virado pelo avesso

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O contador François Pignon sabe que será despedido. François Pignon será despedido porque é um homem desgraçadamente normal. Sua normalidade o torna chato como colega de trabalho, insosso como marido e desprezível como pai. De maneira que, na hora do corte de pessoal, ainda que não tenha feito nada errado, ele é a cabeça certa a ser cortada.
Um vizinho, porém, lhe dá a receita para evitar a dispensa: fazer-se passar por homossexual. Sim, você pode mandar um heterossexual embora nos dias que correm, mas não um homossexual: pareceria preconceito ou perseguição. Péssimo marketing, enfim.
Começa, então, a segunda vida de François Pignon e começa também "O Closet" (hoje, 21h30, Telecine Premium), de Francis Veber. Veber tem uma história na homossexualidade cinematográfica. Foi co-roteirista de "A Gaiola das Loucas", de Edouard Molinaro (1978).
De lá para cá o mundo da sexualidade virou pelo avesso. O único ponto em comum é que tanto "A Gaiola" como "O Closet" são comédias e fizeram um sucesso louco, não só na França. Mas, em "A Gaiola", era dos homossexuais que se ria, enquanto em "O Closet" os heterossexuais é que são risíveis (de resto, são por vezes menos hetero do que parecem).
Diga-se logo que o interesse dessa comédia é muito mais sociológico do que cinematográfico: o essencial de sua arte vem de um grupo de excelentes atores e da argúcia em captar um deslocamento nas relações sociais.
Em princípio, progredimos um tanto em matéria de tolerância, portanto de civilização.
Mas convém colocar em parênteses, por um tempo, tanto otimismo: normalmente, nesses casos, não é que a intolerância cedeu, apenas se deslocou. "O Closet" passa batido por isso. Se não o fizesse, talvez não fosse um passatempo tão agradável.


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