São Paulo, quinta-feira, 26 de abril de 2007

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MÚSICA

Mauricio Carrilho lança "Choro Ímpar"

DA SUCURSAL DO RIO

Mauricio Carrilho comemora seus 50 anos hoje, às 21h, na sala Baden Powell (av. Nossa Senhora de Copacabana, 360, 0/ xx/21/2548-0421), com a vitalidade de um garoto. O violonista lança o CD "Choro Ímpar", projeto que reúne 11 composições em compassos ímpares (3/4, 5/4, 7/8, 9/8 e 11/ 8).
"Existem músicas do Leste Europeu feitas em compassos ímpares. Mas o choro é sempre o compasso 2/4, não sabia se era possível fazer diferente. Para mim, ficou provado que o compasso é só um tijolo. O que importa é a parede construída: a melodia, a harmonia", diz.
Mesmo para o ouvinte leigo, é possível perceber as quebras nas músicas e, também, que são nitidamente choros. O compositor, filho e sobrinho de chorões (Alvaro e Altamiro Carrilho, respectivamente) e aluno de mestres como Dino e Meira, não tem dúvidas de que o gênero é inesgotável. "Quem diz que está esgotado é porque toca de maneira previsível. É uma música popular e que entusiasma intérpretes eruditos pela dificuldade de execução."
Sua "Suíte para Violão 7 Cordas e Orquestra" foi tocada em março pela Orquestra National de France, sob regência de Kurt Masur, e será executada pela Orquestra Sinfônica Brasileira, com Yamandú Costa como solista, no sábado, no Teatro Municipal do Rio. Carrilho ainda realizou o "Anuário do Choro" em 2005, compondo 408 músicas num só ano; fez 16 criações para a série "Moacirsantosianas", dedicada ao maestro Moacir Santos; e lança CDs novos e raros pelo seu selo Acari.


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