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MÚSICA
Mauricio Carrilho lança "Choro Ímpar"
DA SUCURSAL DO RIO
Mauricio Carrilho comemora seus 50 anos hoje, às 21h, na sala Baden
Powell (av. Nossa Senhora
de Copacabana, 360, 0/
xx/21/2548-0421), com a
vitalidade de um garoto. O
violonista lança o CD
"Choro Ímpar", projeto
que reúne 11 composições
em compassos ímpares
(3/4, 5/4, 7/8, 9/8 e 11/ 8).
"Existem músicas do
Leste Europeu feitas em
compassos ímpares. Mas o
choro é sempre o compasso 2/4, não sabia se era
possível fazer diferente.
Para mim, ficou provado
que o compasso é só um tijolo. O que importa é a parede construída: a melodia, a harmonia", diz.
Mesmo para o ouvinte
leigo, é possível perceber
as quebras nas músicas e,
também, que são nitidamente choros. O compositor, filho e sobrinho de
chorões (Alvaro e Altamiro Carrilho, respectivamente) e aluno de mestres
como Dino e Meira, não
tem dúvidas de que o gênero é inesgotável. "Quem
diz que está esgotado é
porque toca de maneira
previsível. É uma música
popular e que entusiasma
intérpretes eruditos pela
dificuldade de execução."
Sua "Suíte para Violão 7
Cordas e Orquestra" foi
tocada em março pela Orquestra National de France, sob regência de Kurt
Masur, e será executada
pela Orquestra Sinfônica
Brasileira, com Yamandú
Costa como solista, no sábado, no Teatro Municipal
do Rio. Carrilho ainda realizou o "Anuário do Choro" em 2005, compondo
408 músicas num só ano;
fez 16 criações para a série
"Moacirsantosianas", dedicada ao maestro Moacir
Santos; e lança CDs novos
e raros pelo seu selo Acari.
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