São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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TELEVISÃO

Documentário

Circo ganha dimensão memorialística

DA REPORTAGEM LOCAL

A reexibição do documentário "Circo", produzido pela TV Cultura em 2000, torna-o, talvez involuntariamente, uma referência para a memória do circo nacional em tão curto espaço de tempo. A excepcionalidade vem da reunião de depoimentos de palhaços que morreram recentemente, entre eles Arrelia (1905-2005) e Carequinha (1915-2006). Permite acompanhar ainda os últimos momentos do tradicional Circo Garcia, fundado em 1928, cuja lona veio abaixo em 2002. Quem fala pela família Garcia é Rolando, que era filho do fundador do circo, o espanhol Antolim Garcia. Coincidência ou não, o corpo de Carola Boets, mulher desse último, foi enterrado ontem em São Paulo. O tom memorialístico, assim, dá mais substância ao documentário. O roteiro de Gilberto Otávio e a direção de Simone Bastos proporcionam um recorte nacional dessa arte milenar. Vai desde o século 18, quando a igreja se queixava das festas populares; passa pelo início do 19, quando aportam por aqui as primeiras famílias circenses européias; e alcança o presente, com a coexistência da tradição e do contemporâneo. Artistas que fugiram com o circo ou nasceram sob lona, pesquisadores ou trupes, todos repetem: "Enquanto houver criança, terá que existir circo". (VALMIR SANTOS)


CIRCO
Quando: hoje, às 20h Onde: TV Cultura



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