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Crítica
Zemeckis captura vigor da beatlemania
INÁCIO ARAÚJO
CRÍTICO DA FOLHA
Encontrar o tom certo para
reconstituir um momento não
é coisa fácil, em particular para
um iniciante. Mas, quando filma "Febre de Juventude"
(Turner Classic Movies, 22h),
Robert Zemeckis acerta e já
permite vislumbrar o diretor
que se afirmará em seguida,
com filmes que viajam no tempo ("De Volta para o Futuro",
"Forrest Gump") ou na tecnologia ("Roger Rabbit") com
muito talento.
Aqui, estamos em plena beatlemania, com o conjunto inglês visitando pela primeira vez
os Estados Unidos. Para suas
fãs exaltadas, em particular,
perder seu show equivaleria a
uma hecatombe.
Zemeckis filma a juventude,
incluídas aí ilusões, beleza,
atração pela tolice. O que busca
captar dela, mais que tudo, é a
energia. E depois, há a música
dos Beatles: Zemeckis a reencontra, e é como se a força inovadora de 1964 conseguisse se
mostrar. Os corpos das meninas, o de Nancy Allen em especial, são belas testemunhas
dessa revolução que "Febre"
registra.
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