São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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Crítica

Zemeckis captura vigor da beatlemania

INÁCIO ARAÚJO
CRÍTICO DA FOLHA

Encontrar o tom certo para reconstituir um momento não é coisa fácil, em particular para um iniciante. Mas, quando filma "Febre de Juventude" (Turner Classic Movies, 22h), Robert Zemeckis acerta e já permite vislumbrar o diretor que se afirmará em seguida, com filmes que viajam no tempo ("De Volta para o Futuro", "Forrest Gump") ou na tecnologia ("Roger Rabbit") com muito talento.
Aqui, estamos em plena beatlemania, com o conjunto inglês visitando pela primeira vez os Estados Unidos. Para suas fãs exaltadas, em particular, perder seu show equivaleria a uma hecatombe.
Zemeckis filma a juventude, incluídas aí ilusões, beleza, atração pela tolice. O que busca captar dela, mais que tudo, é a energia. E depois, há a música dos Beatles: Zemeckis a reencontra, e é como se a força inovadora de 1964 conseguisse se mostrar. Os corpos das meninas, o de Nancy Allen em especial, são belas testemunhas dessa revolução que "Febre" registra.


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