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São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 2003

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Terceiro edital tem inscrições até o dia 30

FREE-LANCE PARA A FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL

As companhias que quiserem continuar contempladas pelo Fomento ou dele dispor nos próximos tempos devem se apressar. O terceiro edital do programa, coordenado dentro da Secretaria Municipal da Cultura por Sulla Andreato, 49, tem inscrições abertas até o próximo dia 30.
Desta vez, calcula-se que o número de projetos inscritos deva chegar a 120. Nos dois primeiros editais, houve, respectivamente, 178 e 144 inscrições. Tal decréscimo pode se explicar pela diminuição de companhias especialmente criadas para concorrer ao prêmio.
Entre as contempladas, há algumas que pretendem pleitear o incentivo novamente. É o caso do Cemitério de Automóveis, que até o final do ano continua com a programação em seu espaço alugado com a verba do programa.
"Desejamos, se conseguirmos, talvez alugar outro lugar, aqui mesmo na Bela Vista [região central de São Paulo]. Se ficarmos só aqui, a produção fica restrita, gostaria de fazer outro tipo de direção. Aqui, é necessário fazer adaptações por causa do espaço", diz o dramaturgo, diretor e ator Mário Bortolotto, 40. Ele se refere ao palco duplo e à platéia em dois níveis de que dispõe e que sempre exigem reformulações nas encenações apresentadas.
Outros grupos também pretendem batalhar pelo que a lei qualifica de continuidade. É o caso do Teatro da Vertigem, que pretende conquistar a verba do Fomento de novo para dar sequência à pesquisa de seu novo trabalho.
Segundo Andreato, os grupos estão aprendendo a trabalhar dentro de orçamentos apertados e a documentar as suas realizações (oficinas, projetos comunitários, espetáculos).
"Eles fazem com R$ 200, R$ 250 mil o que muitos produtores pedem para captar por meio da Lei Mendonça com R$ 900 mil, por exemplo, para montar um espetáculo e fazer temporada de dois meses", diz Andreato, que integra a comissão da Lei Mendonça.
No caso do Fomento, o paradigma é diferente, como informa o primeiro parágrafo da lei: "Apoiar a manutenção e a criação de projetos de trabalho continuado de pesquisa [práticas dramatúrgicas ou cênicas] e produção teatral visando o desenvolvimento do teatro e o melhor acesso da população ao mesmo".
Entre os critérios da comissão julgadora, estão a qualidade do plano de trabalho, sua ação continuada e a contrapartida social, pauta que tem permeado discussões acerca da política pública nacional de incentivo à cultura e que, no caso do Fomento, inclui principalmente a realização de cursos e oficinas gratuitas. A comissão é formada por nomes indicados pela Cooperativa Paulista de Teatro, pela Associação dos Produtores Teatrais do Estado de São Paulo (Apetesp) e pela Secretaria Municipal da Cultura.
Não houve nenhum caso, mas os proponentes que não comprovarem os gastos e a contrapartida social do projeto serão considerados inadimplentes, impedidos de disputar editais públicos nos próximos cinco anos e obrigados a devolver o que receberam.
Cada uma das três parcelas do dinheiro repassado ao grupo (40% na assinatura, 40% na segunda etapa e 20% na última) deve agregar um relatório.


PROGRAMA MUNICIPAL DE FOMENTO AO TEATRO PARA A CIDADE DE SÃO PAULO. Informações na Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo (av. São João, 473, 9º andar, SP, tel. 0/xx/11/ 3334-0001, r. 1909), das 14h às 18h.


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