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REVISTA
Publicação une poesia e prosa a humor
"Ácaro" espana pó das letras com número 2
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Os ácaros são minúsculos,
mas temidos. Vivem escondidos, mas estão por toda parte.
São variados e se adaptam a
qualquer território.
Os ácaros são os "musos" da
revista "Ácaro", criada para
chacoalhar a poeira da literatura que se leva muito a sério.
O magazine surgiu em outubro de 2002, embalado por um
envelope como a capa de discos
de vinil. Aí sumiu por um tempo, levantando a suspeita de
que teria vida breve como a do
ácaro (de dois a quatro meses).
Mas "Ácaro" vive. A revista
lança esta noite seu segundo
número, com o mesmo formato de LP e a vocação de lado B
do universo das letras.
Criada e tocada por um grupo de escritores e artistas gráficos em sua grande parte nascidos em 1978, como os editores
da publicação, Paulo Werneck
e Chico Mattoso, "Ácaro" não é
de literatura stricto sensu.
Um exemplo é o suplemento
"Menas!", encartado na revista.
Brincadeira com o Mais!, da
Folha, o folheto tem, entre outros, o texto "A Bacanal", feito
apenas com a vogal "a" -"Nos
Ovos do Colombo", de "Ácaro
1", usava só o "o".
"Adotamos o humor como
uma forma de literatura, mas
não a única. Temos contos,
poemas, reportagem", diz
Werneck, que faz revistas desde os oito anos, quando criou a
editora Quatro Quadrinhos.
A variedade se repete entre os
perfis dos autores de "Ácaro 2".
Entre os colaboradores, estão
desde o poeta João Inácio, de 16
anos, até Tatiana Belinky, 84,
passando por contos de Sérgio
Sant'Anna, Joca Reiners Terron e do americano William
Saroyan e por artigo do tradutor Paulo Henriques Britto.
ÁCARO 2. Quando: hoje, às 20h.
Onde: salão do estádio do Pacaembu
(r. Des. Passaláqua, portão 14).
Quanto: R$ 10 (51 págs.). P/ comprar:
acaro@revistaacaro.com.br)
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