|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
POLÊMICA
Decisão é vista como vitória dos alunos
Líder de movimento continua na ULM
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para Folha
Neide Hahn, secretária-adjunta
de Estado da Cultura, pretende
reaproveitar na Universidade Livre de Música a professora Enny
Parejo, líder do movimento que
pede uma sede para a entidade.
Akiko Oyafuso, diretora da
ULM, demitiu Parejo da coordenação pedagógica do Departamento Infanto-Juvenil na última
segunda-feira.
Hahn credita a saída da professora a "problemas administrativos e políticos". A secretária acredita, porém, que nada impeça que
Enny Parejo continue trabalhando
na ULM, dentro dos projetos que
vinha desenvolvendo.
A decisão de Hahn, tomada nesta quarta-feira, é vista como uma
vitória pelo movimento liderado
por Parejo.
A comissão de pais, alunos e
professores continua reivindicando, contudo, uma sede para a entidade. Eles querem ser recebidos
pelo secretário de Estado da Cultura, Antônio Angarita, e pelo governador Mário Covas.
Atualmente, a ULM funciona em
duas unidades: uma na rua Três
Rios, no Bom Retiro, e outra,
inaugurada em abril, no Brooklin.
Os manifestantes reivindicam
para a universidade o antigo prédio do Dops, localizado na estação
ferroviária que levava este nome.
Ainda em reformas, o complexo já
abriga a Secretaria de Estado da
Cultura e deve sediar, a partir de
novembro, a Orquestra Sinfônica
do Estado de São Paulo (Osesp).
O movimento acusa a Secretaria
da Cultura de ter prometido, no
ano passado, entregar o edifício
do Dops para a ULM.
Hahn aventa a possibilidade de
ambas as entidades dividirem o
mesmo edifício. "Seguindo a
orientação da Fundação Vanzolini, as áreas de formação -Osesp,
Academia, ULM, oficinas culturais- fariam um departamento
único."
Mas Hahn faz questão de jogar
para depois das eleições estaduais
a decisão sobre um possível espaço físico em comum -seja ele o
edifício do Dops ou não.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|