LUÍS PEREZ
Editor interino do Tudo

É o fim do especial "Amigos". "No lugar do Leandro não entra ninguém. O que a gente pode fazer é um outro programa ou um "Amigos' em homenagem a ele, mas depois acaba", diz o cantor Chitãozinho, 44.
Ao lado do irmão Xororó, ele lançou ontem em São Paulo o 26º disco da dupla, "Na Aba do Meu Chapéu". "Pensamos em adiar o lançamento por causa da morte do Leandro, mas depois isso poderia complicar nossa agenda", conta Chitãozinho.
Outra idéia é gravar, em Paris, um musical com os cinco "Amigos" remanescentes para o especial da Rede Globo em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. O especial deve ser gravado dia 1º de julho para ir ao ar no dia seguinte.
Existe a possibilidade de o programa se chamar "Amigo", em referência a Leandro.
"Estamos acertando a agenda de cada um e o Leonardo, pelo que falei com o empresário dele, também deve ir." Xororó já ia acompanhar os filhos Sandy e Júnior no show em Paris. Os dois estão incentivando Leonardo a continuar a cumprir a agenda de shows.
"Falei para ele que a melhor forma de superar era assim. Disse: 'Ele (Leandro) foi para o hospital, mas te manteve na estrada. Você fez mais de 30 shows sozinho. Ele ensinou você a fazer show sozinho, não é para parar agora", disse Chitãozinho.
Para ele, "é mais fácil superar na estrada, em contato com o povo, com os amigos e com a equipe, do que ficar em casa chorando".
Chitão chegou ao hospital dez minutos após a morte. "A gente queria que alguém falasse com o Leonardo para que ele não soubesse via imprensa".
Xororó conta que sua filha, Sandy, fez questão de ir ao velório."Quando eu falava com o Leandro por telefone, a primeira coisa que ele dizia é que a filhinha dele, a Lyandra, de 4 aninhos, era muito fã da Sandy."
Segundo ele, para a filha de Leandro comer, ele tinha de colocar a boneca da Sandy no colo. "Sabendo disso, a Sandy quis ir ao velório de qualquer jeito."



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