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São Paulo, sábado, 26 de julho de 2003

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FILMES E TV PAGA

Milionário num Instante
SBT, 15h15.   
(Taking Care of Business). EUA, 90, 110 min. Direção: Arthur Hiller. Com James Belushi, Charles Grodin. Presidiário foge da cadeia e encontra a agenda de um rico executivo. Logo ele decidir se passar pelo tal executivo. Comédia mediana segurada por Belushi, mais lembrado por ser irmão de John Belushi (1949-82).

O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final
Globo, 23h05.    
(Terminator 2 - Judgement Day). EUA, 91, 136 min. Direção: James Cameron. Com Arnold Schwarzenegger, Edward Furlong. Na continuação do filme de 1984, Schwarzenegger se transforma em um ciborgue bonzinho que tentará proteger de um sofisticado robô o messias que salvará os homens de um mundo dominado por máquinas. Vem aí a terceira parte, esculhambada pela crítica internacional.

Juventude Transviada
SBT, 23h50.     
(Rebel without a Cause). EUA, 55, 110 min. Direção: Nicholas Ray. Com James Dean, Natalie Wood, Sal Mineo. James Dean levaria ao pé da letra a máxima "Morra jovem, permaneça belo". Em sua curta filmografia -três produções-, "Juventude Transviada" foi o que mais fixou sua imagem clássica, congelada no tempo. Ele é aqui o jovem perdido e incompreendido, o tal "rebelde sem causa" do título original, que enfrenta uma gangue ao disputar a mesma garota com o líder. Para não perder.

Emmanuelle - Paraíso Selvagem
Bandeirantes, 2h.  
(Emmanuelle 6). EUA, 94, 77 min. Direção: Bruno Zincone. Com Natalie Uher, Tamira. Emmanuelle cai no meio da floresta amazônica, para alegria local, desmemoriada e cheia de vontade de redescobrir sua identidade que, sabemos, rima com sensualidade.

O Maior Caso de Sherlock Holmes
SBT, 2h05.    
(Sherlock Holmes). EUA, 81, 147 min. Direção: Peter H. Hunt. Com Frank Langella, George Morfogen. O famoso detetive é contratado para recuperar um conjunto de cartas. As coisas não serão fáceis, já que seu mais célebre inimigo, professor Moriarty (Morfogen), vai armar um plano para se vingar do desafeto.

Festim Diabólico
Globo, 3h25.     
(Rope). EUA, 48, 80 min. Direção: Alfred Hitchcock. Com James Stewart, Farley Granger. Dois rapazes matam um amigo e dão uma festa, com o corpo escondido na sala. Stewart, ator predileto de Hitchcock, faz o professor que desconfia que há algo cheirando mal na história. Seria o primeiro filme colorido do diretor, registrado como se fosse um único e longo plano-sequência (na verdade, foi feito em série de takes de oito minutos).

Amor sem Fim
SBT, 4h20.  
(Endless Love). EUA, 80, 120 min. Direção: Franco Zeffirelli. Com Brooke Shields, Martin Hewitt. Não só o amor é sem fim: a paciência para aguentar o melodrama de Zeffirelli também. Dois jovens, apaixonados, enfrentam a hostilidade dos pais, do mundo e do que mais vier pela frente para continuarem juntos. Só para São Paulo.


Arte pop recolhe seus herdeiros vulgares

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

A Coca-Cola comprada pelo milionário é a mesma comprada pelo mendigo? Se, para o religioso, o dinheiro não vale nada após a morte, para Andy Warhol (1928-1987), nenhuma fortuna seria capaz de mudar a essência do refrigerante. O pop nada mais é do que uma visão de mundo feita de retalhos, muitas vezes, uma arma para os cínicos.
Tome-se como exemplo os recentes "Onze Homens e Um Segredo" e "Vanilla Sky", obras declaradamente pop. Ambos os filmes, americanos, são refilmagens: o primeiro, de uma produção americana dos anos 60; o segundo, de uma fita espanhola. No mesmo barco, os respectivos diretores dos "remakes", Steven Soderbergh e Cameron Crowe, remam em direções opostas.
Crowe é um cara bacana, como já provou em "Quase Famosos". Ficamos sabendo que ele trabalhou na revista "Rolling Stone" e entrevistou algumas das principais figuras dos anos 70. Cai, no entanto, no erro que cometem a maioria dos astros de rock: o distanciamento das raízes.
"Vanilla Sky" conta a história de um playboy (Tom Cruise) que tem seu rosto desfigurado por uma ciumenta amante. Crowe recheou o filme de referências à cultura da qual faz parte. De Bob Dylan a François Truffaut, de Godard a Spiritualized, o diretor tenta soar inteligente, embutir uma filosofia tosca que soa mais como uma confissão de pretensão a algo maior -seria a confissão da própria percepção de que falta algo ao pop quando sinônimo de cultura descolada, moderninha?
"Onze Homens" corre por outro caminho, ao seguir os passos de um picareta (George Clooney) que, logo após sair da prisão, planeja um assalto ao cofre de três cassinos. Há, claro, o deslumbramento de Soderbergh pelos ícones atuais -algumas das maiores estrelas de Hollywood estão no elenco. Não pretende ser "cabeça". É como se preferisse a alcunha "popular" a "pop" -termo que embute em si mesmo a conotação de fragmento de algo maior. Faz aqui, um registro do tempo presente, da lógica fria e calculista a serviço do dinheiro.
Como se a lembrar que "vanilla" (baunilha) pode ser tanto o tom de um céu em um quadro impressionista quando a alcunha de um rapper de sucesso passageiro (Vanilla Ice).


ONZE HOMENS E UM SEGREDO. Quando: hoje, às 21h, no HBO.
VANILLA SKY. Quando: hoje, às 21h30, no Telecine Premium.


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