São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007 |
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Cinema Coutinho foge à regra em "Tarja Preta" DA REPORTAGEM LOCAL
As perguntas sempre idênticas do questionário com o qual
Selton Mello encerra cada edição do "Tarja Preta", programa
que apresenta e dirige no Canal
Brasil, não foram feitas ao entrevistado de amanhã, o documentarista Eduardo Coutinho.
A exceção é compreensível. O
típico é tudo que Coutinho procura evitar, como deixa claro,
quando afirma: "Dizer que alguém é típico é a morte simbólica do outro. Anula tudo o que
ele tem de singular".
Coutinho se refere à abordagem aos personagens (reais) de
seus filmes, como "Edifício
Master" e "O Fim e o Princípio". Mas delimita também a
principal característica que
destaca sua obra, no panorama
do documentarismo: é singular, porque indissociável da
personalidade do cineasta, a
despeito da atenção sincera
que dá aos seus entrevistados.
Com Selton Mello, Coutinho
compartilha reflexões (sobre a
natureza e o status do documentário), memórias (de sua
passagem pela TV Globo) e afinidades (o gosto pelo cigarro).
Malandro, Mello termina o
programa sem o questionário,
mas com um diálogo de cinema
entre Reginaldo Faria e Roberto Carlos: "Mas isso está no roteiro, é?", pergunta o Rei, para
ter a resposta do playboy de
"Roberto Carlos - A 300 km por
Hora": "Genial é inventar na
hora!". É isso aí!
(SILVANA ARANTES)
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