São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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Crítica

"O Estranho" é ótima exceção do Soderbergh indie

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dos filmes de Steven Soderbergh, os que mais me agradam são justamente aqueles que não se arvoram em ser cult, "cheios de idéias". Assim, enquanto "Full Frontal" e "Bubble" são exercícios rasos (como imagem), o comercial "Onze Homens e um Segredo" mostra-se como um trabalho visual arrojadíssimo, com o diretor utilizando (e dosando) todos os recursos do cinema para contar sua trama.
Mas, dentro dessa visão, há exceções, como o belo "Solaris". E "O Estranho" (Telecine Action, 22h), em que Soderbergh detecta a viagem perdida da geração dos anos 60, mostrando o encontro de dois rebeldes daqueles tempos, o americano Peter Fonda e o inglês Terence Stamp. Há quem prefira as tolices "indies" do diretor. Questão de gosto.
De repente, é melhor ficarmos na madrugada com "O Bandido da Luz Vermelha" (Canal Brasil, 2h), do nosso gênio Rogério Sganzerla. Há quem não ache, mas, para mim, sua filmografia é inteiramente sublime. Questão de imagem.


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