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Crítica
"O Estranho" é ótima exceção do Soderbergh indie
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Dos filmes de Steven Soderbergh, os que mais me agradam
são justamente aqueles que não
se arvoram em ser cult, "cheios
de idéias". Assim, enquanto
"Full Frontal" e "Bubble" são
exercícios rasos (como imagem), o comercial "Onze Homens e um Segredo" mostra-se
como um trabalho visual arrojadíssimo, com o diretor utilizando (e dosando) todos os recursos do cinema para contar
sua trama.
Mas, dentro dessa visão, há
exceções, como o belo "Solaris". E "O Estranho" (Telecine
Action, 22h), em que Soderbergh detecta a viagem perdida
da geração dos anos 60, mostrando o encontro de dois rebeldes daqueles tempos, o
americano Peter Fonda e o inglês Terence Stamp. Há quem
prefira as tolices "indies" do diretor. Questão de gosto.
De repente, é melhor ficarmos na madrugada com "O
Bandido da Luz Vermelha"
(Canal Brasil, 2h), do nosso gênio Rogério Sganzerla. Há
quem não ache, mas, para mim,
sua filmografia é inteiramente
sublime. Questão de imagem.
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