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Por unanimidade, Cícero Sandroni é eleito para a cadeira de Faoro na ABL
FABIANA CIMIERI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O jornalista Cícero Sandroni,
68, foi eleito ontem por unanimidade para a ABL (Academia
Brasileira de Letras). Ele teve o
voto dos 36 imortais e ocupará a
cadeira número 6, vaga desde a
morte do jurista Raymundo
Faoro, em maio.
Para Sandroni, o ingresso na
academia "não é o repouso do
guerreiro, é uma missão a
mais". "Terei que redobrar os
esforços para produzir na área
literária", disse.
O acadêmico Carlos Heitor
Cony, colunista e membro do
Conselho Editorial da Folha,
afirmou que "a unanimidade é
uma prova da bem-querência
da academia com ele [Sandroni]
e dele com a academia".
Após a eleição, os acadêmicos
foram até a casa de Sandroni, no
Cosme Velho, zona sul do Rio,
para cumprimentá-lo.
O jornalista demonstrou surpresa ao saber que tinha recebido todos os votos: "Acabei de saber [que houve unanimidade].
Os acadêmicos estão me dando
um recado: não desperdice esses
36 votos, faça algo com eles".
Para os imortais, a eleição de
Sandroni não foi surpresa. O jornalista costuma frequentar a
academia há 50 anos, desde que
se casou com a filha do ex-presidente da ABL Austregésilo de
Athayde, Laura. Ele escreveu a
biografia de Austregésilo, "O Século de um Liberal".
O presidente da ABL, Alberto
da Costa e Silva, disse considerar
Sandroni "o herdeiro natural de
Barbosa Lima Sobrinho".
Além de Sandroni, concorriam à vaga os escritores Felisbelo da Silva, Marilena Salazar,
Marco Aurélio Lomônaco Pereira e Jorge Tannuri.
Das 40 cadeiras, apenas a de
Roberto Marinho permanece
vaga. O critico literário Alfredo
Bosi e o escritor e colunista da
Folha Moacyr Scliar não puderam votar porque, apesar de eleitos, ainda não tomaram posse.
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