São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2004 |
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TRECHOS "LAPA" "Acabaram os restos dos cafés cantantes, mortos pelos bares de garçonetes. Eram vazios e tristes. Um piano, um pianista, mesas e as "artistas". Eram fechados, de forma que nada se visse do exterior. Pronto! O pianista esbordoava o piano. A "artista" vinha para o meio da sala, sorrindo, fazia força para ser graciosa, pegava a cantar um samba, digamos...". "Quando acabava, tinha sempre um porrista para bater palmas solitárias." DE "LAPA" "NOTURNO NA LAPA" "E hoje os moços que vivem sob o signo de Ipanema me pedem, como se eu guardasse o segredo das mil e uma noites: - Conte-nos histórias da Lapa daquele tempo..." "... Até certa hora, era divertido. A angústia, a náusea, o peso da solidão só apareciam lá para o fim da madrugada. Mas por que devo contar histórias da Lapa? Fui um rapaz como todos os outros, e o que aconteceu comigo na Lapa pode acontecer a qualquer um..." DE "NOTURNO NA LAPA" Texto Anterior: Ópera do malandro Próximo Texto: Vida mundana é tema de Martins Índice |
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