São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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CRÍTICA FICÇÃO

Sem ação nem clímax, filme nipo-americano traz desconforto

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

A discussão sobre a lembrança e o esquecimento serve de critério para avaliar "Memórias de uma Adolescente Amnésica". Afinal, é possível que o público da Mostra sinta mesmo vontade de esquecê-lo.
O eventual desinteresse dos espectadores não se refere ao tema da perda de lembranças, visto a partir da perspectiva de uma adolescente japonesa comum.
A questão é justamente abordar o assunto em um filme de ritmo desconfortável, sem ação nem clímax. Fotografia, trilha sonora, edição, atuações -nada se destaca.
O longa, ambientado em Tóquio, parte da queda -literal- da estudante Naomi Sukuse. O acidente tira dela a memória dos últimos quatro anos, dando início a um período de dúvidas. Naomi não aprova todas as escolhas que fez nos últimos anos. Parte da "tabula rasa" que se tornou para descobrir se realmente gostava de quem era antes da amnésia.
Baseado no livro homônimo de Gabrielle Zevin, "Memórias..." poderia se aproveitar do cenário nipônico e do idioma para ter apelo com uma plateia específica: os fãs de cultura pop japonesa.


MEMÓRIAS DE UMA ADOLESCENTE AMNÉSICA
DIREÇÃO Hans Canosa
QUANDO dia 2/11, às 19h30, no Cine Livraria Cultura 1; dia 4/11, às 19h50, no Unibanco Arteplex 2
CLASSIFICAÇÃO não informada
AVALIAÇÃO ruim




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