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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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Autor é pioneiro da literatura pop nacional

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nascido em São Paulo em 1937, José Agrippino de Paula cursou arquitetura na USP e na Faculdade Nacional de Arquitetura, no Rio de Janeiro, e iniciou sua formação como diretor teatral com Gianni Ratto. Dirigiu um único longa-metragem, em 1968, chamado "Hitler, Terceiro Mundo", no qual atuaram Ruth Escobar, Eugênio Kusnet e Jô Soares.
Agrippino é autor de dois romances, "Lugar Público" (1965) e "PanAmérica" (67), considerado o primeiro romance pop brasileiro.
Escreveu a peça "Nações Unidas" (inédita), que teve algumas cenas montadas com o título "Rito do Amor Selvagem". Montou com a então mulher, Maria Esther Stockler, o grupo teatral "Sonda", que encenou inovadores espetáculos de teatro-dança, como "Tarzan, Terceiro Mundo" (1969).
No início dos anos 70, o casal foi para a África e viveu em pequenas comunidades pesquisando rituais religiosos e filmando em Super-8. Datam de 1974 os filmes "Mãe de Santo Djatassi", "Fetichismo do Sul do Dahomey" e "Timbuctu e Moptil", todos feitos lá.
Em 1978, vivendo na Bahia com Maria Esther, filmou "Céu sobre Água", com takes impressionistas das águas de Arembepe, mostrando uma mulher grávida, uma criança e a natureza. Dois anos depois foi diagnosticado esquizofrênico e se isolou na casa no Embu.
"Conheci o José Agrippino nos anos 60, ele frequentava a casa dos meus pais. Eu era bastante próxima da Maria Esther, que dançava lindamente. Depois eles foram para a África e eu passei a encontrá-la esporadicamente. No começo dos anos 80 vi o Zé Agrippino vagando pela av. Angélica mas não soube mais nada dele. Até ficar sabendo, acho que pelos jornais, que ele estava em Embu, em casa de sua família", diz Miriam Chnaiderman.
(JM)


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