São Paulo, segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

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CINEMA

Longa, que deve estrear em outubro, adapta peça escrita por Marcos Caruso, que já foi vista por mais de 5 milhões de pessoas

Após 20 anos em cartaz, "Trair e Coçar..." vira filme

Folha Imagem
Os atores Roberto Pirillo e Denise Fraga em cena da peça "Trair e Coçar É Só Começar", em 1991


LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A comédia "Trair e Coçar É Só Começar" completa 20 anos em cartaz em 2006, um recorde no teatro brasileiro, e chega às telas do cinema. O longa-metragem será produzido por Diler Trindade, responsável pelos filmes de Xuxa Meneghel e Renato Aragão, entre outros "arrasa-quarteirões".
Na semana passada, Diler fechou contrato com a Fox, que fará a distribuição. A estréia, segundo ele, está prevista para acontecer em outubro.
O roteiro vai ser assinado por Marcos Caruso, criador da peça, com colaboração de Jandira Martini, sua parceira também no teatro. Enquanto o espetáculo é dirigido por Attílio Riccó, o longa-metragem terá direção de Moacyr Góes, parceiro de Diler em "Irmãos de Fé", "Maria - Mãe do Filho de Deus", "Xuxa em Abracadabra" e outros.
5 milhões
"Trair e Coçar..." tem como personagem central Olímpia, uma empregada doméstica espevitada que só arruma confusão para seus patrões. Ao longo desses 20 anos, a montagem teatral já foi vista por mais de 5 milhões de pessoas no país e contou com vários elencos. Denise Fraga interpretou a protagonista entre 1989 e 1995, antes da fama de atriz global.
Segundo Diler, ela não deverá fazer o papel de Olímpia no cinema em razão de seus compromissos com a TV Globo. O produtor ainda está em negociação para definir o elenco do longa-metragem.
Em outubro último, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) aprovou que o filme faça uma captação de R$ 6 milhões por meio de leis de incentivo fiscal.

Público
Marcos Caruso escreveu "Trair e Coçar..." em três noites, quando estava desempregado e atrás de algo que lhe rendesse dinheiro. Em tempos de ditadura militar, decidiu criar algo para simplesmente divertir a platéia.
O autor se inspirou no gênero "vaudeville", de comédias leves, movimentadas e recheadas de intrigas. Calculou cada piada para que o público caísse na gargalhada de 20 em 20 minutos, pelo menos. Caruso não foi aprovado por colegas, que tacharam o texto de "alienado" e "bobo", e decidiu colocá-lo na gaveta.
Anos depois, entregou a peça a Attílio Riccó, que decidiu montá-la. A primeira apresentação aconteceu em 26 de março de 1986, no Rio de Janeiro. A São Paulo, chegou em agosto de 1989. Passou por inúmeras cidades e, em 1998, foi encenada no teatro Colony, em Miami, com lotação esgotada.
Além do longa-metragem, o aniversário de 20 anos da montagem deverá ter uma comemoração no teatro Santo Agostinho, em São Paulo.


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