São Paulo, sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

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Escritor foi um crítico feroz de Tony Blair e George W. Bush

DA REPORTAGEM LOCAL

Conhecido pelo seu ativismo político, Harold Pinter era um crítico ferrenho da política externa dos EUA e do Reino Unido. No discurso que gravou, em cadeira de rodas, para a entrega de seu Nobel de Literatura em 2005, ele disse que a invasão do Iraque, em 2003, havia sido "um ato de terrorismo grosseiro, que demonstrava o absoluto desprezo ao conceito de direito internacional".
E indagou: "Quantos vocês ainda têm de matar antes de serem considerados genocidas e criminosos de guerra?".
Pinter dizia ter se arrependido profundamente de ter votado em Margaret Thatcher em 1979, e em Tony Blair, em 1997. Posteriormente referiu-se a Blair como um "idiota iludido" por ter apoiado Bush na guerra no Iraque.
Em 2001, o dramaturgo participou de um abaixo-assinado enviado ao jornal "Daily Telegraph", pedindo a interrupção da "cruzada" contra países pobres como o Afeganistão.
Naquele mesmo ano, Pinter, que havia criticado o bombardeio das forças militares da ONU na Sérvia, participou de uma campanha para libertar o ditador sérvio Slobodan Milosevic. Para ele, a extradição de Milosevic, para ser julgado por crimes de guerra na Holanda, era ilegal. "Acredito que sua prisão e detenção pelo tribunal de guerra seja inconstitucional, e contraria o direito iugoslavo e internacional. Eles não têm o direito de julgá-lo", disse.


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