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Brasileiros convencem em elogiados shows
DO ENVIADO A CANNES
O universo variado de artistas levados ao Midem amplificou a diversidade da produção nacional para além dos "novos
de sempre", como bem definiu
José Carlos Costa Netto, presidente da Brasil Música & Artes
(BM&A), organizadora da expedição.
Os shows de Cabruêra, Bossacucanova e Yamandú Costa
foram os mais envolventes.
Venceram o olhar técnico de
um público que, na média, está
mais preocupado com o número de integrantes do grupo
(leia-se: mais passagens aéreas
no caso de uma turnê) do que
com o timbre do vocalista.
O fio terra histórico de Roberto Menescal, convidado de
Marcia Salomon e Bossacucanova, deu mais densidade à
apresentação de ambos. Efeito
parecido ao da performance de
Armandinho, de conhecido
"pedigree" carnavalesco.
Delicado de se acomodar em
ambientes de fácil dispersão, o
grupo percussivo Barbatuques
se deu melhor nos "pocket
shows" que fez no estande brasileiro. De lá sairiam sondagens
de três selos franceses para distribuir seu disco na Europa.
Entre os estrangeiros merecem relevo, na cena eletrônica,
Dimitri from Paris (cheio de
malemolência), Luciano (ótimo manipulador de beats) e
Jeff Mills (cool e intenso). No
rock, sobressaíram-se Astonvilla e David Holmes and Free
Association.
(IV)
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