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MODA
Nesta edição, quatro desfiles serão realizados fora da Bienal; no domingo, Sommer vai mostrar sua coleção na rua Augusta
SPFW confirma jeans, étnico e masculino
DA COLUNISTA DA FOLHA
Nesta edição da São Paulo Fashion Week, um diferencial é a realização de quatro desfiles fora do
prédio da Bienal. Os desfiles fora
do espaço oficial começam sempre mais cedo, entre 11h e 11h30,
como o da marca Huis Clos, que
retorna neste ano, com evento sábado em seu show-room anos 40
na Barra Funda. Domingo é a vez
de Marcelo Sommer mostrar sua
coleção em sua loja na rua Augusta e na própria rua em si. "Vamos
interditar o trecho entre a Lorena
e Oscar Freire", diz Sommer.
Lorenzo Merlino desfila no saguão principal da Pinacoteca, na
segunda-feira. "É a área mais legal
da Pinacoteca e ainda tem aquela
iluminação natural incrível", diz o
estilista, que vai criar os novos
uniformes do staff da Pinacoteca
e, em troca, poderá usar o lugar.
Também em troca de fazer novos
uniformes, Alexandre Herchcovitch conseguiu o Espaço das Artes, na Sala São Paulo, onde 22
músicos tocarão Villa-Lobos no
desfile, nesta quinta. A coleção é
inspirada no multiculturalismo.
"Observamos a maneira de vestir
de vários povos. É uma livre, sofisticada e colorida mistura de estampas, xadrezes, bordados e texturas", diz o estilista.
Outro fato novo nesta estação é
a ótima reviravolta provocada pela saída de Thais Losso da Cavalera, passando a assinar o estilo da
Zapping. Ganha com isso o mercado, já que um novo e talentoso
time entra para a marca de Alberto Hiar. Emilene Galende, Adriano Costa, Fabia Bercsek e J.Pig reforçam a turma que lá já estava.
Há um núcleo especificamente
dedicado ao jeans. "Vamos investir pesado. Queremos quadruplicar o número de peças em índigo
neste ano", diz o empresário.
Jeans, étnico, masculino são
tendências que se confirmam para a estação, vindas também das
passarelas do Fashion Rio, que
durante quatro dias movimentou
a cidade. Sem maiores atrasos
(somente a presença da celebrity
Paris Hilton provocou um atraso
de efeito dominó), mais bem
montado e com um público melhor, o evento teve como destaques a mineira Coven, a catarinense Colcci e a paulistana Raia
de Goeye.
Do Rio vêm o gosto por peças
diferenciadas, um estilo boêmio à
carioca, com Isabela Capeto na
Ibô, da pequena Zigfreda e seu incrível trabalho de estamparia, e
do talento emergente da jovem
Lena Santana, numa simpática
coleção de estréia, com perfume
regional. Por fim, o coletivo OEstúdio aparece como um dos nomes mais criativos do novo cenário carioca.
(EP)
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