|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Edie Falco vê "Jackie" como heroína falha
Protagonista da série da TV paga define sua personagem como miliciana, perversa e com tendência à autodestruição
Atriz adianta detalhes da segunda temporada, em que a enfermeira viciada em remédios para a dor vai estar ainda mais perdida
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
A atriz Edie Falco não tinha
noção de onde estava se metendo quando aceitou fazer "Nurse
Jackie", exibida no canal pago
Studio Universal. "Não sabia
que era uma comédia. Não tenho certeza ainda de que seja",
diz, em entrevista por telefone
a jornalistas da América Latina.
Falco, 46, recebeu o roteiro
das mãos de um amigo. "Entrei
em pânico, porque, quando começa assim, o texto costuma
ser ruim", conta. "Mas era bem
sombrio, e acabei gostando."
A série fala dessa enfermeira
desajustada que tenta fazer coisas boas, mas nem sempre do
melhor jeito. "Jackie é uma super-heroína falha. Há muitas
coisas instáveis nela, mas ela é
uma boa pessoa", define a atriz.
Realmente não há nada de
corriqueiro na vida de Jackie.
Mãe de duas filhas, casada, ela
esconde tudo isso de seus colegas no trabalho -inclusive do
amante, com quem transa para
descolar drogas. Em casa, finge
que está tudo bem, embora seja
viciada em remédios para a dor.
São tantas camadas que, às
vezes, nem ela lembra quem
deve ser. "Mulheres também
podem ser workaholic, confusas e problemáticas", afirma
Falco. "Mas não sou como Jackie. Tenho controlada essa tendência de autodestruição. Jackie, não. Ela vai aos lugares negros. Não quer jogar pelas regras. É uma miliciana. Faz as
coisas do seu jeito. Eu não sou
tão perversa."
No hospital, trabalha com o
médico Fitch Cooper (Peter
Facinelli, o dr. Carlisle Cullen
de "Crepúsculo"), com quem
sempre se desentende. Afinal,
para ela, os médicos não sabem
nada. As enfermeiras é que levam os doentes nas costas.
Já o ator defende seu personagem: "Muita gente pensa que
ele é um canalha. Mas gosto dele. É tão egocêntrico que não
percebe quando faz o mal. É como um cachorrinho numa sala
cheia de pessoas que não gostam de cachorros. Todos o chutam, mas ele quer atenção".
A segunda temporada começa em março nos EUA (sem data no Brasil). Falco diz que Jackie vai estar ainda mais ferrada.
"Após tudo o que ela passou,
parece que ela compreenderia
o quanto as coisas estão ruins.
Mas não. Ela tem mais caos a
enfrentar antes de perceber
seus problemas", adianta ela.
Facinelli, 36, diz que "os personagens vão sair para um passeio". "Já Cooper vai ter altos e
baixos. E vai se viciar no Twitter. Como eu", ri.
NURSE JACKIE
Quando: aos dom., às 21h, no Studio
Universal
Classificação: 18 anos
Texto Anterior: Crítica: Melancolia engrandece jogo literário de autor Próximo Texto: Laertevisão Índice
|