da Reportagem Local

O projeto do campineiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo para a atual Pinacoteca do Estado surgiu em 1895, quando o arquiteto assumiu a direção do Liceu de Artes e Ofícios e decidiu criar-lhe uma nova sede.
A entidade de ensino profissionalizante para pessoas de baixa renda criada por Leôncio de Carvalho passava então por uma crise financeira.
Com a ajuda de amigos políticos, que facilitaram a obtenção do terreno e da verba necessária para a obra, e com a doação de grande parte do material de construção, Ramos de Azevedo viabilizou o projeto e o deu por encerrado em 1900, embora incompleto (faltou a cúpula que deveria cobrir o salão octogonal central).
Percebeu-se então que o prédio era grande demais para os poucos alunos e decidiu-se instalar também ali o Ginásio do Estado e a Pinacoteca.
As oficinas, objetivo maior do projeto, ficaram mal instaladas e o liceu teve de ser transferido para a sua atual sede, na r. da Cantareira. Alguns anos mais tarde, o prédio passaria por suas primeiras reformas para receber os 26 quadros da Pinacoteca.
Já naquele tempo era possível notar uma inadequação do espaço às suas necessidades (algo que aconteceria também com a Pinacoteca). Com a reestruturação, o edifício continua íntegro, mas passa a atender melhor o visitante.



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