São Paulo, quinta, 27 de março de 1997.

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ARTES CÊNICAS
Rio ganha `Universidade do Circo'

CRISTINA GRILLO
da Sucursal do Rio

A partir de agosto o Rio será sede da Universidade do Circo, um projeto de formação de profissionais patrocinado pela Aliança Francesa, pelo Consulado Geral da França e pela Funarte.
A intenção é criar uma companhia, já chamada de Circo da Madrugada, nos moldes do trabalho que é feito atualmente por diversas companhias francesas e pelo Cirque du Soleil, do Canadá.
O projeto já está em andamento. Desde fevereiro, professores formados pelas escolas de circo francesas dão aulas nas 18 escolas de circo existentes no Brasil.
``Em Teresina, já temos um professor dando aulas de técnicas de trapézio'', conta Pierrot Bidon, 43, diretor do Archaos, companhia do chamado ``Novo Circo Francês'', e um dos coordenadores do projeto brasileiro. Sessenta alunos das 18 escolas de circo brasileiras já foram selecionados por Bidon para a Universidade do Circo.
Além do treinamento, eles irão preparar um espetáculo a ser exibido no Rio em setembro.
``Nossa intenção é aliar as técnicas circenses a dança, expressão corporal e outras técnicas teatrais'', explica Bidon, que também organizou junto às escolas de circo francesas a doação de um caminhão-trapézio, a ser usado em apresentações itinerantes.
O projeto não pára na criação do Circo da Madrugada. Com apoio da Aliança Francesa, cinco companhias do novo circo francês irão excursionar pelo país a partir de maio. A primeira a chegar é o Trio Maracassé, formado por malabaristas. Depois é a vez da Companhia Jérôme Thomas, com trabalho que alia dança e malabarismo.
Que-Cir-Que e Les Arts Sauts vêm com espetáculos baseados no trapézio. O último é o Trio Tortiller/Rousseau/Vignon, grupo de jazz que faz improvisos sobre antigos temas circenses.

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