São Paulo, quinta, 27 de março de 1997.

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Governo francês poderá ajudar brasileiros

especial para a Folha, no Rio

O representante do CNC, Didier Decaudaveine, falou à Folha no Rio sobre a cooperação entre os cinemas brasileiro e francês no momento em que a revisão do acordo de co-produção entre os dois países é revisto. Leia trechos a seguir.

Folha - Quais são os benefícios para o cinema brasileiro com uma nova onda de cooperação entre o Brasil e a França?
Didier Decaudaveine -
No caso de co-produção, o cinema brasileiro poderá se beneficiar de todas as ajudas do governo francês ao cinema nacional.
Folha - Em se tratando da distribuição e da exibição, o Brasil tem dificuldade de transpor suas fronteiras. O acordo pode ajudar?
Decaudaveine -
Absolutamente, pois, com certeza, no caso de um filme franco-brasileiro, a exibição estaria garantida nas salas francesas e, com a comunidade européia, nos cinemas europeus.
Folha - A língua e as diferenças culturais são um problema para a realização de filmes com a França?
Decaudaveine -
Acredito que não, pois temos muita experiência com a realização com outros países. Penso que, no caso de produções franco-brasileiras, talvez seja interessante trabalhar em língua francesa, por enquanto mais acessível ao público europeu. Mas não vejo problemas em que, dependendo do tema, a língua do filme seja o português.
Folha - O papel dos governos brasileiro e francês no desenvolvimento dessa cooperação deve ser grande?
Decaudaveine -
Na França, o governo tem um papel importante no fomento ao cinema, com leis e com fundos próprios para essa área. Mas é a iniciativa de produtores independentes franceses e dos novos produtores brasileiros, neste momento de renascimento do cinema do país, que devem tomar as rédeas da cooperação.

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