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Governo francês poderá ajudar brasileiros
especial para a Folha, no Rio
O representante do CNC, Didier
Decaudaveine, falou à Folha no
Rio sobre a cooperação entre os cinemas brasileiro e francês no momento em que a revisão do acordo
de co-produção entre os dois países é revisto. Leia trechos a seguir.
Folha - Quais são os benefícios
para o cinema brasileiro com uma
nova onda de cooperação entre o
Brasil e a França?
Didier Decaudaveine - No caso
de co-produção, o cinema brasileiro poderá se beneficiar de todas
as ajudas do governo francês ao cinema nacional.
Folha - Em se tratando da distribuição e da exibição, o Brasil tem
dificuldade de transpor suas fronteiras. O acordo pode ajudar?
Decaudaveine - Absolutamente, pois, com certeza, no caso de
um filme franco-brasileiro, a exibição estaria garantida nas salas
francesas e, com a comunidade
européia, nos cinemas europeus.
Folha - A língua e as diferenças
culturais são um problema para a
realização de filmes com a França?
Decaudaveine - Acredito que
não, pois temos muita experiência
com a realização com outros países. Penso que, no caso de produções franco-brasileiras, talvez seja
interessante trabalhar em língua
francesa, por enquanto mais acessível ao público europeu. Mas não
vejo problemas em que, dependendo do tema, a língua do filme
seja o português.
Folha - O papel dos governos
brasileiro e francês no desenvolvimento dessa cooperação deve ser
grande?
Decaudaveine - Na França, o
governo tem um papel importante
no fomento ao cinema, com leis e
com fundos próprios para essa
área. Mas é a iniciativa de produtores independentes franceses e dos
novos produtores brasileiros, neste momento de renascimento do
cinema do país, que devem tomar
as rédeas da cooperação.
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