São Paulo, domingo, 27 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Versão brasileira do "reality" bateu votação recorde mundial

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Não há previsão para o fim da onda "Big Brother" no mundo todo, segundo a Endemol, empresa que trouxe a atração para o Brasil e que domina sua execução na televisão. A fórmula do programa, que duraria, no máximo, cinco anos, como acreditava a produtora holandesa, teve sua expectativa superada e, em alguns países, mantém no ar a sexta edição.
No Brasil, a Endemol se uniu à Rede Globo para co-produzir "reality shows" para a emissora. Segundo Carla Affonso, 38, diretora-geral da Endemol/Globo, o sucesso é subseqüente em alguns países, uns com mais, outros com menos audiência.
O brasileiro, com suas peculiaridades, é um dos casos de sucesso considerados pela Endemol internacional. Aqui, da mesma maneira que em outros locais, a casa sofre mudanças para adaptar o programa ao clima. Por estar instalada no Rio, onde a temperatura média nunca está abaixo dos 30ºC, a casa tem o maior jardim e a maior área externa de todas as criadas para o "Big Brother" pelo mundo. "Muda de acordo com a cultura do local", diz a diretora da empresa no Brasil.
De acordo com ela, o "BBB" da Globo apresentou, neste ano, votações recordes em relação a outros programas do mundo. As duas maiores foram maciças: Aline, que foi eliminada com 95% dos votos na oitava semana de programa, e Rogério, com 92% na quarta semana, são exemplos a serem apresentados ao mundo.
Na verdade, a quinta edição do "Big Brother Brasil" não teve nem sequer uma eliminação abaixo de 50%. Na primeira semana, Juliana saiu com 50,49% dos votos.
O "Big Brother", nome baseado no livro "1984", de George Orwell, que se passava numa realidade vigiada, está presente em 32 países. Inglaterra, Itália e EUA, por exemplo, estão na sexta edição. Na Espanha, o sétimo "Big Brother" está no ar. Na Alemanha, a produtora testa um formato inédito: depois de fazer um "reality show" de um ano, agora ele não tem mais fim. É renovado com mais participantes a cada período. Em locais como Equador, Chile e África do Sul foram reunidos vários participantes de países de mesma língua -como na região andina, no caso do Chile- para formar um programa só.
"O desempenho do programa só melhora a cada ano. É um fenômeno. Acho que o segredo é que ele faz uma dramaturgia espontânea de pessoas reais, que expõem nele personagens também reais", diz Affonso, para quem o formato ainda tem longo tempo de vida.
A Endemol deve manter para este ano "reality shows" na grade da Globo. "Fama" e "Acorrentados" já foram confirmados.


Texto Anterior: Televisão: Fábrica da fama, BBB não garante carreira
Próximo Texto: Música: Indies adotam tecladista da jovem guarda
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.