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Versão brasileira do "reality" bateu votação recorde mundial
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Não há previsão para o fim da
onda "Big Brother" no mundo todo, segundo a Endemol, empresa
que trouxe a atração para o Brasil
e que domina sua execução na televisão. A fórmula do programa,
que duraria, no máximo, cinco
anos, como acreditava a produtora holandesa, teve sua expectativa
superada e, em alguns países,
mantém no ar a sexta edição.
No Brasil, a Endemol se uniu à
Rede Globo para co-produzir
"reality shows" para a emissora.
Segundo Carla Affonso, 38, diretora-geral da Endemol/Globo, o
sucesso é subseqüente em alguns
países, uns com mais, outros com
menos audiência.
O brasileiro, com suas peculiaridades, é um dos casos de sucesso
considerados pela Endemol internacional. Aqui, da mesma maneira que em outros locais, a casa sofre mudanças para adaptar o programa ao clima. Por estar instalada no Rio, onde a temperatura
média nunca está abaixo dos
30ºC, a casa tem o maior jardim e
a maior área externa de todas as
criadas para o "Big Brother" pelo
mundo. "Muda de acordo com a
cultura do local", diz a diretora da
empresa no Brasil.
De acordo com ela, o "BBB" da
Globo apresentou, neste ano, votações recordes em relação a outros programas do mundo. As
duas maiores foram maciças: Aline, que foi eliminada com 95%
dos votos na oitava semana de
programa, e Rogério, com 92% na
quarta semana, são exemplos a
serem apresentados ao mundo.
Na verdade, a quinta edição do
"Big Brother Brasil" não teve nem
sequer uma eliminação abaixo de
50%. Na primeira semana, Juliana
saiu com 50,49% dos votos.
O "Big Brother", nome baseado
no livro "1984", de George Orwell,
que se passava numa realidade vigiada, está presente em 32 países.
Inglaterra, Itália e EUA, por
exemplo, estão na sexta edição.
Na Espanha, o sétimo "Big Brother" está no ar. Na Alemanha, a
produtora testa um formato inédito: depois de fazer um "reality
show" de um ano, agora ele não
tem mais fim. É renovado com
mais participantes a cada período. Em locais como Equador,
Chile e África do Sul foram reunidos vários participantes de países
de mesma língua -como na região andina, no caso do Chile-
para formar um programa só.
"O desempenho do programa
só melhora a cada ano. É um fenômeno. Acho que o segredo é que
ele faz uma dramaturgia espontânea de pessoas reais, que expõem
nele personagens também reais",
diz Affonso, para quem o formato
ainda tem longo tempo de vida.
A Endemol deve manter para
este ano "reality shows" na grade
da Globo. "Fama" e "Acorrentados" já foram confirmados.
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