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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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Ator foi vítima de falência múltipla de órgãos

Morre no Rio de Janeiro, aos 65, o ator Carlos Eduardo Dolabella

DA SUCURSAL DO RIO

O ator Carlos Eduardo Dolabella morreu às 19h20 de ontem, vítima de falência múltipla de órgãos, no Hospital Samaritano, em Botafogo (zona sul do Rio). Ele tinha 65 anos.
Dolabella estava internado na unidade coronariana do Samaritano desde o dia 12 de fevereiro. Na ocasião, ele apresentava um quadro de insuficiência cardíaca.
A saúde do ator vinha se deteriorando nos últimos meses. Em agosto do ano passado, ele teve um infarto. Sofria também de diabetes, segundo os médicos do Samaritano.
Os problemas de saúde levaram a TV Globo a afastar Dolabella do elenco da novela "O Beijo do Vampiro", que terminou no início deste mês. Ele não chegou a atuar na novela.
O ator deverá ser enterrado hoje, mas a família, até a conclusão desta edição, não havia informado o local do sepultamento. Dolabella faria aniversário no próximo dia 11.

Novelas
Nascido no Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Bouças Dolabella tinha 37 anos de carreira. Participou de 29 novelas, entre elas os sucessos "Irmãos Coragem", "Selva de Pedra" e "O Bem Amado".
Em "Irmãos Coragem" (1970), de Janete Clair, Dolabella interpretou o delegado Falcão. Em "O Bem Amado" (1973), de Dias Gomes, o ator representou o papel do jornalista Neco Pedreira.
Na TV Globo, Dolabella atuou ainda em quatro minisséries e 13 casos especiais. Participou de 16 peças de teatro e de 15 filmes.
A estréia do ator na televisão ocorreu em 1966 na novela "O Amor tem Cara de Mulher" (TV Tupi), de autoria de Cassiano Gabus Mendes.
Seu último trabalho na TV foi na novela da Globo "Porto dos Milagres" (2001). Em 2000, participou do seriado "A Muralha". O ator trabalhou também na novela "Força de um Desejo" (1999) e na minissérie "Labirinto" (1998). Em 1997, na novela "Por Amor", fez o papel de Arnaldo Mota, que, na trama, era o marido da atriz Suzana Vieira.
Dolabella se formou em relações públicas na Suíça na década de 1960. Falava cinco idiomas. Antes de se dedicar à carreira de ator, ele chegou a trabalhar em empresas do avô. Gostava muito de música e chegou a pensar em se tornar cantor.
Flamenguista fanático, não costumava, antes de adoecer, perder os jogos do time carioca no estádio do Maracanã (zona norte do Rio). Dolabella foi casado três vezes, sendo a última delas com a atriz Pepita Rodrigues. Deixa dois filhos. Um deles, o também ator Dado Dolabella, 22, prometeu gravar uma música em homenagem ao pai.


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