São Paulo, quarta-feira, 27 de maio de 2009

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CDs

Folk
Simplesmente

OS THE DARMA LÓVERS
Gravadora: Dubas/Universal; Quanto: R$ 29,90, em média; Avaliação: ótimo Avis rara no cenário brasileiro, o casal gaúcho Nenung e Irínia já completou uma década de serviços prestados ao folk de mensagem budista. A dupla volta a trabalhar com músicos ligados ao coletivo da Orquestra Imperial (Kassin, Domenico etc.) em seu quarto álbum de estúdio, o mais caprichado deles. Inspirado como sempre, Nenung faz reflexões geniais sobre o fim da vida ("Canção para a Minha Morte"), a saudade ("Srta. Saudade da Silva") e a solidão virtual ("A Teia da Tela").
POR QUE OUVIR: Poucas coisas são tão harmônicas quanto a junção das vozes de Nenung e Irínia. Mesmo quem não se liga em espiritualidade vai encontrar nesse disco material para ficar de joelhos (ou na posição de lótus). (JOSÉ FLÁVIO JÚNIOR)


Rock
Mr. Lucky

CHRIS ISAAK
Gravadora: Warner; Quanto: R$ 32, em média; Avaliação: bom
Em "You Don't Cry Like I Do" (Você não chora como eu), Chris Isaak propõe um desafio, como a mostrar que é a pessoa mais infeliz na face da Terra. Mas não há como, Chris. Roy Orbison (1936-88), homem que perdeu mulher em acidente de moto e filhos num incêndio, além de compositor brilhante, está no topo. Agora com mais ênfase, Isaak persegue o imaginário de corações partidos de Orbison, com um vocal que chega a assustar de tão parecido (como em "Baby Baby", em que ele canta "Amor é apenas um monte de palavras belas/que te deixam sentindo triste"). Mas ele não é mero genérico.
POR QUE OUVIR: Já fazia sete anos que Isaak não lançava disco só de inéditas; obviamente ele não mudou seu estilo, mas aqui e ali há instrumentações que o aproximam de um pop rock mais contemporâneo, como "We Let Her Down" (cujas guitarras poderiam estar num disco do Coldplay). (BRUNO YUTAKA SAITO)


Instrumental
Danças Brasileiras

CARIOCA
Gravadora: Independente/Tratore;
Quanto: R$ 21,50;
Avaliação: bom
Ronaldo Leite de Freitas, o Carioca, é um violonista de 54 anos cuja praia, na juventude, era o rock progressivo, tendo posteriormente trocado a guitarra pelo violão, e chegado a tocar com Egberto Gismonti. Hoje, suas andanças internacionais incluem apresentações regulares por cidades europeias. Registrado em 2000, mas só agora merecedor de boa distribuição comercial, este álbum representa um estilo suingado e agradável de ouvir de música instrumental brasileira, reunindo nove composições próprias, que, como o título indica, fazem alusão às danças de nosso país, do baião à quadrilha, passando pelo maxixe e maracatu. De quando em vez, além do violão, Carioca arrisca também uns vocalises, e o resultado final soa fluente e espontâneo.
POR QUE OUVIR: O contrabaixo virtuosístico de Celio Barros e o violoncelo versátil de Dimos Goudaroulis ajudam Carioca a criar um ambiente contemporâneo e prazeroso para suas obras. (IRINEU FRANCO PERPETUO).


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