São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

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Crítica

Idéias de Hawks espreitam em "O Monstro"

CRÍTICO DA FOLHA

O maior mistério que envolve "O Monstro do Ártico" (Turner Classic Movies, 16h30) não vem das terríveis descobertas envolvendo extraterrestres que fazem alguns cientistas no Alasca.
Vem do fato de Howard Hawks não ter dirigido este filme de 1951, mas Christian Niby. Afinal, Hawks detinha os direitos do filme. Os roteiristas eram familiares a seu cinema (Charles Lederer, Ben Hecht).
A equipe é inteiramente hawksiana, com Russell Harlan na direção de fotografia e Dimitri Tiomkin na música. Por fim, Hawks produziu e supervisionou o trabalho de Niby, habitualmente montador de seus filmes.
No mais, Hawks sempre gostou de variar de gênero. Essa mistura de ficção científica e terror viria a caráter para matar dois gêneros em que nunca havia se aventurado.
Será pelos ecos macarthistas do argumento que ele, afinal, recuou? Pode ser. Visto hoje, "O Monstro" parece um digno filme de Hawks. Afinal, são suas idéias que estão lá.
(INÁCIO ARAUJO)


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