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MATMOS
Duo torna ridícula e feia a beleza
DA REDAÇÃO
Diferentemente do que se
pode imaginar, Matmos
(Drew Daniel e Martin Schmidt)
não pratica o freak pelo freak. Em
"A Chance to Cut Is a Chance to
Cure", a dupla de estômago forte
disseca, literalmente, a beleza humana e extirpa a intenção de ser
sempre mais belo do que se é.
"Lipostudio... And So On" remete ao alemão Mouse on Mars
na cadência das experimentações
tecno. Mas tudo muda de figura
ao constatar que os sons foram
obtidos pela sucção de gordura
humana: o grotesco não é a gordura sendo sugada, é a idéia do
belo após esse sarapatel humano.
E a música é espantosamente
agradável, mesmo experimental,
um "Clube da Luta" musical.
"Spondee" une fonoaudiologia
com house numa colagem literal
e, por isso, ridícula. Palavras dissílabas são faladas na mesma intensidade, e seus respectivos sons,
executados -tudo em meio a batidas disco. Mas a obra-prima é
"California Rhinoplasty", uma
ode metálica às clínicas de peruas
e às próprias, com seus narizes
patéticos. Nojento é o homem.
(MARCELO NEGROMONTE)
A Chance to Cut Is a Chance to
Cure
Grupo: Matmos
Lançamento: Matador (importado)
Onde encomendar: www.amazon.com, Bizarre (0/xx/11/220-7933),
www.londoncalling.com.br
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