São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Crítica

"Casa de Areia" vê maturação de Waddington

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Com "Casa de Areia" (Canal Brasil, 22h), é possível que Andrucha Waddington esteja amadurecendo como diretor de cinema. E por que essa dúvida, o "é possível" encaixado no meio da frase, enfraquecendo a afirmação?
É que até hoje não consegui perceber qual o projeto cinematográfico do realizador, que começou incerto, dando ares de nobilitação a Nelson Rodrigues (uma nobilitação desnecessária, diga-se), depois desviou-se para o "Eu, Tu, Eles", destinado ao sucesso já por sua conotação sexual (no Brasil todo mundo fala mal, mas é o que todo mundo vai ver).
Em "Casa de Areia", bem outra é a inflexão. A tempestade de areia, a dificuldade de caminhar, a aridez constante, a incrível solidão das personagens, tudo leva a crer num filme de prestígio, sério. Em comum, os três filmes têm o fato de serem feitos técnicos. O que talvez seja marca não só de Waddington, mas de uma geração que identifica domínio da técnica e domínio do cinema.


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