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Começa festa literária de Passo Fundo
Evento no RS reunirá os brasileiros Milton Hatoum e José Roberto Torero e o italiano Carlo Ginzburg
EDUARDO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL
A 12ª edição da Jornada Nacional de Literatura de Passo
Fundo, no Rio Grande do Sul,
começa hoje à noite com uma
novidade: a ampliação de seu
foco nas letras para outras manifestações artísticas, insinuadas no tema deste ano, "Leitura
da Arte e Arte da Leitura".
De acordo com a professora
Tania Rösing, idealizadora e
coordenadora da Jornada, o
objetivo é "gerar não apenas
leitores, mas platéias qualificadas para apreciar artes plásticas, concertos, cinema, teatro,
fotografia, arquitetura e até
mesmo moda".
Para tanto, Rösing e sua equipe buscaram escalar um time
de convidados que notoriamente tenham estabelecido interseções entre as letras e outras áreas da cultura.
Ao todo, haverá mais de 200
artistas em Passo Fundo, 115
deles escritores brasileiros e estrangeiros que satisfazem a
mescla proposta pelo tema, como José Roberto Torero, Ferréz, Milton Hatoum, Luiz Ruffato, Ziraldo, Nelson Motta e
Daniel Galera, entre outros.
Galera é um dos finalistas do
prêmio Zaffari & Bourbon de
Literatura, com seu livro
"Mãos de Cavalo".
Destaques internacionais
O prêmio pagará R$ 100 mil
ao melhor romance de língua
portuguesa publicado entre junho de 2005 e 30 de maio de
2007. A lista de concorrentes
tem ainda José Saramago ("As
Intermitências da Morte"),
Ruffato ("Vista Parcial da Noite"), Hatoum ("Cinzas do Norte"), entre outros.
Entre os destaques do time
de convidados internacionais
estão o moçambicano Mia Couto, o polonês Miroslaw Bujko e
o italiano Carlo Ginzburg. A
programação cultural terá ainda show do cantor e compositor Elomar e a exibição do documentário "Português, a Língua do Brasil", do cineasta Nelson Pereira dos Santos.
A programação completa da
jornada pode ser acessada na
página www.jornadadeliteratura.upf.br.
Tânia Rösing faz questão de
diferenciar a Jornada de Passo
Fundo de demais festivais literários do país.
Evento, não
"A Jornada é o ápice de um
trabalho permanente, e não
apenas eventual, de educação
voltado para professores, estudantes universitários e alunos
das redes municipal e estadual", explica a professora.
"Como tudo que é ligado à
universidade tem certo ranço
acadêmico, tiramos o ranço, e o
clima é de festa. Nós fazemos
com que as pessoas entendam
que a leitura, seja do cinema, da
TV, do livro ou da internet, é
prazerosa."
A expectativa de Rösing é de
que o público da Jornada, que
termina na sexta-feira, ultrapasse 12 mil pessoas.
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