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Coleção Folha destaca arte do Egito
Museu Egípcio, no Cairo, é tema de edição que chega às bancas no domingo mostrando tesouros da antiga civilização
Instituição apresenta 40 mil peças e tem cerca de 80 mil em sua reserva técnica; volume destaca 56 obras mais representativas
DA REPORTAGEM LOCAL
Múmias, tronos, estátuas:
testemunho do esplendor de
uma das mais ricas civilizações
da Antiguidade, o Museu Egípcio do Cairo é o tema do volume
4 da Coleção Folha Grandes
Museus do Mundo, que chega
às bancas no domingo.
Embora a cultura do Egito
seja milenar, não faz muito
mais do que dois séculos que o
Ocidente se encantou com ela.
Ao desembarcar no Egito, em
1798, à frente de uma expedição
militar, o general e futuro imperador da França Napoleão
Bonaparte levou consigo não
apenas soldados, mas um numeroso grupo de estudiosos,
formado por cerca de 150 literatos, artistas e cientistas, que
estudaram e mapearam a civilização egípcia em todos os seus
aspectos.
A divulgação do trabalho dessa equipe levou ao fascínio do
Ocidente pela recém-descoberta Antiguidade do Egito -ao
qual se seguiu a pilhagem sistemática de suas riquezas. Como
consequência disso, relíquias
do país africano estão expostas
nos quatro cantos do planeta.
Ainda assim, o museu localizado na capital do Egito contém a maior coleção de antiguidades egípcias do mundo. Pois
foi justamente para tentar controlar a evasão do seu passado
arquitetônico que o vice-rei do
país emitiu, em 1835, uma portaria que proibia a exportação
descontrolada de relíquias, e
instituiu, em um edifício dentro dos jardins de Ezbekeya, no
Cairo, um local para reunir,
conservar e expor ao público os
achados arqueológicos.
Desde então, a instituição sofreu uma série de vicissitudes e
mudanças de sede, mas acabou
dando origem ao imenso acervo que hoje maravilha visitantes de todo o planeta.
O volume da Coleção Folha
enfrentou a difícil tarefa de
destacar 56 obras entre as mais
de 40 mil que se encontram em
exposição no museu -cuja reserva técnica abriga nada menos do que 80 mil peças.
Um acervo que se enriqueceu
em 1922, quando Howard Carter descobriu a tumba intacta
do faraó Tutankhamon.
O achado trouxe à luz uma
suntuosa reunião de objetos
simbólicos de poder, como o
sarcófago interno em ouro maciço, o trono e o elaborado colete que compunha o traje de gala
do jovem soberano.
Tutankhamon reinou entre
1333 e 1324 a.C. -dos nove aos
19 anos de idade. O livro 4 da
Coleção Folha descreve com
especial riqueza de detalhes
sua máscara funerária.
Fruto de um trabalho hábil
na ourivesaria, a máscara oferece um retrato idealizado do
faraó, com os tradicionais símbolos da realeza: o "nemes",
véu usado pelos monarcas, cujas estrias são representadas
com marchetaria de lápis-lazúli em ouro; a imagem da naja e
do abutre na testa (símbolo das
deusas Uadjet e Nekhbet, senhoras do Egito unificado); e a
barba postiça, que equipara o
soberano às divindades.
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