São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

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Coleção Folha destaca arte do Egito

Museu Egípcio, no Cairo, é tema de edição que chega às bancas no domingo mostrando tesouros da antiga civilização

Instituição apresenta 40 mil peças e tem cerca de 80 mil em sua reserva técnica; volume destaca 56 obras mais representativas

DA REPORTAGEM LOCAL

Múmias, tronos, estátuas: testemunho do esplendor de uma das mais ricas civilizações da Antiguidade, o Museu Egípcio do Cairo é o tema do volume 4 da Coleção Folha Grandes Museus do Mundo, que chega às bancas no domingo.
Embora a cultura do Egito seja milenar, não faz muito mais do que dois séculos que o Ocidente se encantou com ela.
Ao desembarcar no Egito, em 1798, à frente de uma expedição militar, o general e futuro imperador da França Napoleão Bonaparte levou consigo não apenas soldados, mas um numeroso grupo de estudiosos, formado por cerca de 150 literatos, artistas e cientistas, que estudaram e mapearam a civilização egípcia em todos os seus aspectos.
A divulgação do trabalho dessa equipe levou ao fascínio do Ocidente pela recém-descoberta Antiguidade do Egito -ao qual se seguiu a pilhagem sistemática de suas riquezas. Como consequência disso, relíquias do país africano estão expostas nos quatro cantos do planeta.
Ainda assim, o museu localizado na capital do Egito contém a maior coleção de antiguidades egípcias do mundo. Pois foi justamente para tentar controlar a evasão do seu passado arquitetônico que o vice-rei do país emitiu, em 1835, uma portaria que proibia a exportação descontrolada de relíquias, e instituiu, em um edifício dentro dos jardins de Ezbekeya, no Cairo, um local para reunir, conservar e expor ao público os achados arqueológicos.
Desde então, a instituição sofreu uma série de vicissitudes e mudanças de sede, mas acabou dando origem ao imenso acervo que hoje maravilha visitantes de todo o planeta.
O volume da Coleção Folha enfrentou a difícil tarefa de destacar 56 obras entre as mais de 40 mil que se encontram em exposição no museu -cuja reserva técnica abriga nada menos do que 80 mil peças.
Um acervo que se enriqueceu em 1922, quando Howard Carter descobriu a tumba intacta do faraó Tutankhamon.
O achado trouxe à luz uma suntuosa reunião de objetos simbólicos de poder, como o sarcófago interno em ouro maciço, o trono e o elaborado colete que compunha o traje de gala do jovem soberano.
Tutankhamon reinou entre 1333 e 1324 a.C. -dos nove aos 19 anos de idade. O livro 4 da Coleção Folha descreve com especial riqueza de detalhes sua máscara funerária.
Fruto de um trabalho hábil na ourivesaria, a máscara oferece um retrato idealizado do faraó, com os tradicionais símbolos da realeza: o "nemes", véu usado pelos monarcas, cujas estrias são representadas com marchetaria de lápis-lazúli em ouro; a imagem da naja e do abutre na testa (símbolo das deusas Uadjet e Nekhbet, senhoras do Egito unificado); e a barba postiça, que equipara o soberano às divindades.


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