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POPLOAD
Pearl Jam novo, Foo Fighters novo e o novo Interpol
LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A máxima no rock atual ensina que, se uma banda não está sendo pirateada na internet, é porque ela não está acontecendo,
ninguém está interessado e, paradoxalmente, o CD não vai vender.
Bastante interessada em três
dos muitos discos que correm em
disparada na rede há alguns dias,
a "Popload" apresenta as primeiras impressões dos novos das "velhas" Pearl Jam e Foo Fighters,
ainda não lançados, e referenda o
"buzz" em torno do disco da jovem banda Interpol, de Nova
York, este nas lojas (de fora) desde o mês passado (deve sair por
aqui em novembro).
Em uma primeira impressão,
"The Riot Act", sétimo trabalho
do Pearl Jam com 16 músicas que
será lançado em 12 de novembro,
é melhor que o último CD de inéditas da banda, "Binaural" (2000).
Tudo está em seu lugar. Canções caprichadas, melodias bonitas. E Eddie Vedder, uma versão
Seattle de Bono Vox, continua expressando sua preocupação com
os problemas da humanidade. O
disco tem até uma dance music
(!), "You Are". É dance à la grunge, cheia de reverberações, clima
soturno. E Vedder não é propriamente Prince. Mas é dance.
"One by One", do Foo Fighters,
quarto álbum de Dave Grohl, o
cara mais simpático do rock, não
vai além do pop explosivo que a
banda empregou em "There Is
Nothing Left to Lose" (99). Mas
também não fica atrás. O disco
abre com a bombástica "All My
Life", que é levada por um acorde
único e repetitivo de guitarra até o
barulho infernal do refrão, um
perigo para quem escutar o CD
com fone de ouvido, fica o toque.
Nirvana, Queens of the Stone
Age, Seattle-91, tudo processado
com a voz camarada de Grohl. É o
resultado das deliciosas "Low",
"Have It All" e, principalmente,
"Times like These". A descrição
pára na quarta canção e o jogo já
está ganho. "One by One" será
lançado em 21 de outubro.
Da agitada região do Brooklin,
que anda sediando as melhores
festas roqueiras de NY, sai o Interpol. "Turn on the Bright Lights" é
o álbum de estréia do grupo de carinhas bonitas que, se o destino tivesse sido cruel, poderiam estar
estrelando uma boy band.
Mas em vez disso vestem terno
preto e saem por aí fazendo o clima e a sonoridade de Smiths e Joy
Division soarem ultramodernos
novamente, para o bem de quem
ouve as maravilhosas "Obstacle
1", "PDA" e "Say Hello to the Angels". Quem enxerga nas luzes
brilhantes que Coldplay parece
Radiohead, Strokes é cópia de
Velvet Underground e White Stripes força no Jon Spencer, vai se
deliciar em falar mal desse excelente quarteto nova-iorquino.
lucio@uol.com.br
ROTEIRO INDIE
Bons motivos para sair de
quinta a domingo, em SP
* "Tracks" - As quintas
contam com esta noite no
amplo Roxy (r. Maria
Carolina, 648). A casa tem
som ótimo e bar espaçoso,
excelente para conversar
sobre como o Suede ficou
chatinho.
* "Revolution" - É a festa de
sexta no novíssimo
FunHouse, clube com o
melhor astral da cidade. O
FunHouse fica na r. Bela
Cintra, 567.
* "Plastic Fantastic" - É a
nova roupagem do ex-Rabo
de Saia (r. Mourato Coelho,
575), todo reformulado.
Divide os sábados com o
"veterano" "Sound", do DJ
Club (al. Franca, 241).
* "Grind" - No domingo, a
matinê da A Lôca (r. Frei
Caneca, 916) ferve com
músicas de Erasure a Strokes.
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