|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RUÍDO
Segunda caixa de Nara, "Leão" sai em novembro
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
Sobrinha de Nara Leão, a
artista Pinky Wainer definiu
o projeto gráfico da caixa com a
segunda metade da obra completa da cantora, que sai em novembro. Será mantido o formato concretista da caixa 1, com as
letras N, A, R e A que compunham quatro lados do cubo agora substituídas por L, E, Ã e O.
A Universal, que não pretendia lançar em caixa os 13 títulos
ainda fora de catálogo, mudou
de idéia devido ao sucesso da
primeira (com 14 CDs e preço de
cerca de R$ 200), com 4.000 cópias já entregues às lojas.
A nova etapa do projeto parte
da versão discográfica da peça
teatral "Liberdade, Liberdade"
(de 66, esquecida na caixa 1),
continua desprezando a trilha
do filme "Quando o Carnaval
Chegar" (72) e chega ao póstumo "My Foolish Heart" (89).
O disco de canções de Roberto
e Erasmo "E que Tudo Mais Vá
pro Inferno" (78), que já havia
saído em CD, continua com o título adulterado para "Debaixo
dos Caracóis de Seus Cabelos",
supostamente por implicâncias
de Roberto Carlos. Um CD-bônus trará 12 faixas avulsas raríssimas, como o hino socialista "Grandola, Vila Morena" (74) e "Tem Gato na Tuba" (82).
O INDEPENDENTE
Está de volta, pela gravadora Kuarup, o extraordinário "Feito em Casa"
(77), tido como o primeiro disco independente do
Brasil. Não é bem assim
(porque antes já existiam
iniciativas como os dois
volumes do "Tim Maia
Racional"), mas o LP do
pianista e arranjador Antonio Adolfo fincou pé na
história desbravando um
modelo artesanal de produção, hoje consolidado.
Instrumental (mas contando com canções como
a espantosa "Aonde Você
Vai"), é uma aula de suingue de um artista hoje
meio abandonado, mas
que tem no currículo feitos como participar da invenção do samba-jazz
(com o Trio 3D), da pilantragem de Simonal, da
black music brasileira
("BR3"), das versões anos
70 de Erasmo Carlos e Nara Leão e do advento de Angela Ro Ro.
ODEON DESPERTA
Entre os 45 títulos
prometidos pela EMI no
projeto de resgate do acervo da
extinta Odeon, há álbuns dos
anos 60 e 70 de samba, bossa,
samba-jazz e samba-soul, de
artistas como Doris Monteiro,
Marcos Valle, João Donato,
Elza Soares, Toni Tornado,
Luiz Bonfá, Maria Bethânia,
Tito Madi, Quarteto Novo,
Bola Sete, Conjunto 3D, Eumir
Deodato, Walter Wanderley,
Wilson das Neves, Moreira da
Silva, Orlandivo, Noriel Vilela,
Nonato Buzar, Germano
Mathias, Quarteto Sambacana,
Dori Caymmi, Lô Borges, Leny
Andrade e Norma Bengell.
Histórico, "Fala Mangueira!",
com Cartola, Clementina,
Nelson Cavaquinho, Carlos
Cachaça e Odete Amaral, está
no cardápio.
psanches@folhasp.com.br
Texto Anterior: Outros lançamentos: Escoceses montam seu clube Próximo Texto: Cinema/Estréia - "O Articulador": Longa projeta honestidade rara no cinema americano Índice
|