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Livro terá projeto "espelhado" ao de CD
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Se a área de discos já tem até a sua proposta formatada, o setor
editorial, que não chegou a um consenso, definiu na terça-feira
ao menos a base das medidas que devem regulamentar a numeração dos livros no Brasil.
Em reunião na qual não estiveram presentes os representantes
dos autores -o presidente da
União Brasileira dos Escritores
(UBE), Cláudio Willer, e o advogado da entidade, Paulo Oliver-,
a Casa Civil adotou as propostas
do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) como base do
pré-projeto que será feito para o
segmento livreiro. A instituição,
representada na comissão pelo
seu diretor de comunicação, o
editor da Objetiva Roberto Feith,
formulara quatro sugestões.
Em primeiro lugar, o sindicato
propõe que todas as tiragens de livros impressas no país tenham
uma identificação numérica, a ser
impressa nos livros. Seria como
um RG para cada tiragem, não
para cada exemplar, como defendia a UBE. "A numeração sequencial foi descartada de modo sumário e sem discussão adequada,
desconsiderando o fato de ela já
ser utilizada por algumas editoras
brasileiras e também em outros
países", diz Cláudio Willer.
O segundo ponto das propostas
do Snel é que as editoras passariam a ter de enviar, quando recebessem novas tiragens, correspondência ao autor informando
quantos exemplares foram impressos e dando o número de
identificação do lote em questão.
As gráficas, por sua vez, teriam
de remeter todas essas informações, sobre cada tiragem, para a
Associação Brasileira da Indústria
Gráfica (Abigraf), que deve criar
um banco de dados para armazenar essas "identidades".
Para poder controlar as informações sobre as tiragens de seus
livros o autor poderia, na proposta do Snel, encaminhar um pedido para a Abigraf por meio de alguma entidade representativa dos
autores, como a própria UBE, ou
a Academia Brasileira de Letras.
"Nossa proposta está espelhada
na do setor de discos", diz Feith,
que sublinha como ponto central
do projeto a criação de um mecanismo que possibilite ao escritor
consultar como andam seus livros
sem ter de passar pelas editoras.
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