São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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Livro terá projeto "espelhado" ao de CD

CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a área de discos já tem até a sua proposta formatada, o setor editorial, que não chegou a um consenso, definiu na terça-feira ao menos a base das medidas que devem regulamentar a numeração dos livros no Brasil.
Em reunião na qual não estiveram presentes os representantes dos autores -o presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE), Cláudio Willer, e o advogado da entidade, Paulo Oliver-, a Casa Civil adotou as propostas do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) como base do pré-projeto que será feito para o segmento livreiro. A instituição, representada na comissão pelo seu diretor de comunicação, o editor da Objetiva Roberto Feith, formulara quatro sugestões.
Em primeiro lugar, o sindicato propõe que todas as tiragens de livros impressas no país tenham uma identificação numérica, a ser impressa nos livros. Seria como um RG para cada tiragem, não para cada exemplar, como defendia a UBE. "A numeração sequencial foi descartada de modo sumário e sem discussão adequada, desconsiderando o fato de ela já ser utilizada por algumas editoras brasileiras e também em outros países", diz Cláudio Willer.
O segundo ponto das propostas do Snel é que as editoras passariam a ter de enviar, quando recebessem novas tiragens, correspondência ao autor informando quantos exemplares foram impressos e dando o número de identificação do lote em questão.
As gráficas, por sua vez, teriam de remeter todas essas informações, sobre cada tiragem, para a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), que deve criar um banco de dados para armazenar essas "identidades".
Para poder controlar as informações sobre as tiragens de seus livros o autor poderia, na proposta do Snel, encaminhar um pedido para a Abigraf por meio de alguma entidade representativa dos autores, como a própria UBE, ou a Academia Brasileira de Letras.
"Nossa proposta está espelhada na do setor de discos", diz Feith, que sublinha como ponto central do projeto a criação de um mecanismo que possibilite ao escritor consultar como andam seus livros sem ter de passar pelas editoras.


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