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MÚSICA ERUDITA
Fundação Apollon escolheu profissionais brasileiros para musicar poemas relacionados à região
Projeto alemão tenta "desvendar" Amazônia
JOÃO BATISTA NATALI
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
Imaginem um show em que sejam interpretadas pela primeira
vez composições de Caetano Veloso, Milton Nascimento, Wagner
Tiso e outros nomes de primeira
linha da MPB. Foi o que aconteceu na quarta-feira em Potsdam,
nas imediações de Berlim, mas
desta vez os compositores tinham
um histórico de escrita musical na
produção erudita brasileira.
A estréia mundial de suas peças
será seguida de quatro outras récitas na Alemanha, e ainda em
Viena, Londres e Paris, antes de o
espetáculo ser levado em 21 de
novembro em Belém do Pará e
cinco dias depois em Manaus.
A razão dessa preferência por
duas capitais do Norte: o projeto
Música & Poesia, Sonoridades
Brasileiras, patrocinado pela Fundação Apollon, da cidade alemã
de Bremen, tomou por tema nesta
sua quarta edição "Amazônia
Desvendada".
Poemas dos paraenses Paes
Loureiro e Antônio Tavenard, do
paulista Mário de Andrade e do
alemão Hermann Hesse tratam,
mesmo de forma indireta, daquela região.
Para musicá-los, o barítono Renato Mismetti, brasileiro radicado na Alemanha e diretor da fundação, encomendou peças a Jorge
Antunes, Ricardo Tacuchian, Osvaldo Lacerda, Ronaldo Miranda,
Kilza Setti, Gilberto Mendes e
Marlos Nobre. O resultado foram
duas horas de boas surpresas,
com cada um deles se exprimindo
por meio de uma linguagem diferenciada.
As estréias simultâneas na Alemanha demonstram que há uma
ebulição de vitalidade incrível na
música erudita no país. Há talvez
hoje uma centena de profissionais
que atuam nesse pequeno ramo
no Brasil.
O repórter João Batista Natali viajou à
Alemanha a convite da Fundação Apollon
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