|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ILUSTRADA
Modelo fala sobre estréia no cinema norte-americano e nega que namoro com Leonardo di Caprio seja "negócio"
Dez minutos no táxi de Gisele Bündchen é pouco
PAULO SAMPAIO
DA REVISTA DA FOLHA
Dá até assunto para debate em
faculdade de jornalismo: dez minutos são suficientes para uma
entrevista? Bom, tratando-se da
estréia de Gisele Bündchen no cinema, no filme "Taxi", que está
previsto para entrar em circuito
no dia 5, dez minutos parecem
uma eternidade.
Esse foi o tempo estipulado pela
distribuidora Fox e pela assessoria de Gisele para cada veículo que
conversou com a modelo, agora
atriz, sobre o filme -um remake
americano da versão francesa da
"comédia de ação" produzida em
1998 por Luc Besson. Avisaram
que a estrela não responderia a
perguntas pessoais.
A Folha estava escalada para o
horário de 15h25, e era a segunda
da fila, de acordo com a assessoria. Só que Gisele não foi assim tão
americana quanto se esperava. A
primeira entrevista ocorreu depois das 16. A da Folha, às 16h35.
A éntourage da modelo acompanhava tudo: a empresária da
modelo, o presidente da Fox, seu
assistente. Outras assessoras presentes na ante-sala diziam: "Ela é
uma fofa!" "Uma meninona!" "É
que a gente não consegue ter uma
visão real dela, né? Tão deusa..."
O que foi mais difícil, a estréia
na passarela, ou no cinema? "No
cinema, mil vezes. Mas eu adoro
desafios, não vivo sem eles..." O
que você sabia sobre o roteiro?
"Não me disseram nada, me entregaram o negócio (o texto) e resolvi aceitar, primeiro, porque faço o papel de uma brasileira, não
teria problema com o sotaque, segundo, porque em dez dias filmamos tudo, não poderia abandonar meus outros compromissos..." Por que não começou com
um filme brasileiro? Teve convite?
"Tive, mas respeito muito o Brasil, eu sou a pessoa que mais fala
bem do meu país lá fora. Quero
fazer um filme brasileiro quando
estiver preparada..." Engraçado,
os brasileiros que tentam Hollywood fazem o caminho inverso,
estréiam aqui primeiro... "Por enquanto, não tenho tempo para me
dedicar a um filme no Brasil. Em
dois anos, quando pretendo deixar a carreira de modelo, aí eu vou
ter muita honra de filmar lá..."
Gisele fala muito. Quando se
pergunta se ela não considerou
uma responsabilidade grande estrear no cinema, a resposta é:
"Se eu fosse me preocupar com
a opinião dos outros, não faria nada. Acho que cada um sabe o que
é melhor para sua vida, eu faço da
minha o que eu quero. Além do
mais, o texto do filme não é nada
de Shakespeare; cheguei de Ibiza
no dia das filmagens, não tinha
nem idéia do que iria falar..."
Ganhou o equivalente a quantas
entradas na passarela...? "Algumas. Eles foram generosos comigo, mas não falo de dinheiro..."
Por que dizem que o seu namoro com Leonardo di Caprio é mais
um negócio? Exaltada, um pouco
avermelhada, ela é ainda mais
prolixa. "Acho ridículo, coisa de
gente pobre de espírito... quer dizer que se amo alguém não posso
namorar porque é famoso?"
Texto Anterior: 28ª Mostra de Cinema: "Terra da Fartura" revela tormento americano após o 11 de Setembro Próximo Texto: Filme não foi bem recebido nos EUA Índice
|