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BOM E BARATO / ATÉ R$ 30 POR PESSOA
No Bahia, o sertão fica mais perto
CRÍTICO DA FOLHA
O começo foi muito simples:
em 1992, o baiano Raimundo
Souza Soares, ex-vaqueiro, ex-açougueiro, estava simplesmente
desempregado em São Paulo. Na
falta de alternativas, começou a
vender prato-feito -ele sabia cozinhar uma boa galinhada ensinada pela mãe. E assim começou.
Daí para adiante, foram os amigos
pedindo mais pratos nordestinos,
e seu quintal tornou-se um restaurante muito simples, mas de
boa fama. Apesar daquela irritante toalha de plástico nas mesas
que teima em agarrar nos cotovelos.
Hoje, o Bahia (como é conhecido Raimundo, de 61 anos) continua mostrando que em seu Estado não se comem somente pratos
do mar. Há todo um sertão a ser
servido, coisa que ele faz. Buchada de bode (de cabrito, que seja).
Galinha de cabidela, com o devido sangue. Galinha comum, só
nos temperos. Carne-de-sol com
jerimum não falta jamais. Nem
baião-de-dois, feijão tropeiro,
carneiro (cordeiro, que seja) ensopado, maxixe, quiabo. E mesmo estando a poucos metros da
marginal do Tietê, é como se estivéssemos comendo na casa de um
parente na roça, já que a casa do
Bahia fica numa vila simplória e
tranqüila.
E não há susto na hora de pagar.
Para se fartar há o rodízio: por R$
17 o Bahia vem trazendo um prato
atrás do outro, até (literalmente)
dizer chega. O bufê é mais barato:
R$ 7 por pessoa, mas menos pratos à disposição. Se não há necessidade de variedade, peça-se um
prato só, mas será preciso uns três
cabras para comer (e o preço, R$
40, não será caro). Tudo isso ali ao
lado do estádio da Portuguesa de
Desportos. Quem diria que o sertão da Bahia pudesse ser tão perto.
(JM)
GALINHADA DO BAHIA
Endereço:
r. Azurita, 46,
Canindé,
tel. 0/xx/11/3315-
8614
Funcionamento:
de seg. a sex., das
11h30 às 16h; sáb. e
dom, das 11h30 às
18h
Preços:
pratos: R$ 7 (bufê),
R$ 17 (rodízio) e
R$ 40 (à la carte,
para três pessoas);
sobremesas, R$ 3
Cartões: todos
Estacionamento
com manobrista:
grátis
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