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Chef foi "Imperador da Cozinha'
especial para a Folha
Auguste Escoffier (1846-1935) foi
considerado o maior cozinheiro de
sua época. Nascido em Villeneuve-Loubet, no sul da França, começou
sua carreira aos 13 anos. Passou
pelos grandes hotéis, que sediavam os restaurantes famosos de
seu tempo, como o Savoy, em Londres, do qual foi sócio, o Carlton e
o Ritz, ambos de Paris.
Foi o primeiro cozinheiro a ser
condecorado com a medalha "Officier de la Légion D'Honneur", em
1920, e recebeu o título de "Imperador da Cozinha" pelo imperador
William 2º.
O grande mérito de Escoffier vai
além de suas receitas ou das novidades que inseriu no prato dos
londrinos, como aspargos verdes e
carne de rã.
Com ele se inicia o que muitos
chamaram de "cuisine bourgeoise", a cozinha das donas-de-casa,
da família, do burguês (daí o nome). O novo movimento encabeçado por ele pregava, para horror
dos tradicionalistas, uma mudança radical nos procedimentos de
trabalho dentro das cozinhas e a
simplificação na apresentação dos
pratos, na formulação de receitas e
criação de cardápios. Criou a hierarquia na cozinha e dividiu-a em
ambientes autônomos de trabalho.
É dele também a difusão de menus
a preços fixos.
O ápice de sua carreira foi o "diner d'Epicure" (jantar de Epicuro),
quando serviu simultaneamente
centenas de convidados em 37 cidades européias.
Ordem, método e simplicidade
foram suas palavras de ordem, difundidas em mais de 20 tratados
que escreveu, além dos livros "Le
Guide de Cuisine" (1903), "Le Livre des Menus", "L'Aide-Memoire" e "Ma Cuisine" (1934). Há
quem afirme que a Escoffier cabe a
criação das bases da nouvelle cuisine, iniciada em 1970 por Paul Bocuse, o papa gastronômico de nossos tempos.
(CC)
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