São Paulo, sexta, 27 de novembro de 1998

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Bailarina foi parceira de ídolos

especial para a Folha

Quando se desligou da direção artística do Ballet de Stuttgart, em julho de 1996, Marcia Haydée somava 36 anos à frente da companhia que fez dela uma estrela.
Considerada uma das grandes bailarinas dramáticas de todos os tempos, Haydée foi descoberta pelo coreógrafo John Cranko, diretor do Ballet de Stuttgart, que morreu precocemente, em 1973, ao sofrer um ataque cardíaco durante uma viagem de avião.
Musa de Cranko, Haydée ganhou do coreógrafo criações que marcaram época, como "A Megera Domada". Na época de ouro do Stuttgart, Haydée teve como parceiro constante o norte-americano Richard Cragun. Juntos, criaram personagens memoráveis, formando um dos pares mais harmoniosos da história do balé.
Mesmo exercendo as função de diretora artística do Stuttgart, como substituta de Cranko, Haydée preservou sua carreira de bailarina. Além de inspirar coreógrafos como Maurice Béjart e John Neumeier (que para ela criou "Um Bonde Chamado Desejo"), Haydée dançou ao lado de ídolos como Rudolf Nureyev, Mikhail Baryshnikov e Jorge Donn.
Nascida em Niterói em 1937, ela continua morando em Stuttgart, onde também participa das aulas de ioga e meditação ministradas por seu atual marido, o alemão Gunter Schberl.
"Procuro acabar com o tabu de que bailarinos da minha idade não podem mais dançar", diz Haydée sobre sua fase atual. (AFP)


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