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Bailarina foi parceira de ídolos
especial para a Folha
Quando se desligou da direção
artística do Ballet de Stuttgart, em
julho de 1996, Marcia Haydée somava 36 anos à frente da companhia que fez dela uma estrela.
Considerada uma das grandes
bailarinas dramáticas de todos os
tempos, Haydée foi descoberta pelo coreógrafo John Cranko, diretor
do Ballet de Stuttgart, que morreu
precocemente, em 1973, ao sofrer
um ataque cardíaco durante uma
viagem de avião.
Musa de Cranko, Haydée ganhou do coreógrafo criações que
marcaram época, como "A Megera
Domada". Na época de ouro do
Stuttgart, Haydée teve como parceiro constante o norte-americano
Richard Cragun. Juntos, criaram
personagens memoráveis, formando um dos pares mais harmoniosos da história do balé.
Mesmo exercendo as função de
diretora artística do Stuttgart, como substituta de Cranko, Haydée
preservou sua carreira de bailarina. Além de inspirar coreógrafos
como Maurice Béjart e John Neumeier (que para ela criou "Um
Bonde Chamado Desejo"), Haydée
dançou ao lado de ídolos como
Rudolf Nureyev, Mikhail Baryshnikov e Jorge Donn.
Nascida em Niterói em 1937, ela
continua morando em Stuttgart,
onde também participa das aulas
de ioga e meditação ministradas
por seu atual marido, o alemão
Gunter Schberl.
"Procuro acabar com o tabu de
que bailarinos da minha idade não
podem mais dançar", diz Haydée
sobre sua fase atual.
(AFP)
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