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Liberação foi
progressiva
da Sucursal do Rio
O primeiro beijo da TV brasileira
aconteceu em "Sua Vida Me Pertence", novela exibida em 51. Era
um toque de lábios entre os atores
Vida Alves e Walter Forster.
Segundo Mauro Alencar, consultor de novelas da Rede Globo e
mestre em novelas pela USP, por
todos os anos 60, o beijo foi assim:
um toque rápido de lábios como
sinônimo de paixão.
Nos anos 70, os principais pares
românticos da TV tiveram direito
a alguns beijos mais demorados.
Alencar lembra os grandes beijos
românticos: Cristiano (Francisco
Cuoco) e Simone (Regina Duarte)
em "Selva de Pedra" (72) e, de novo, Regina, agora com Cláudio
Marzo, em "Carinhoso" (73).
Para Alencar, o primeiro casal a
mostrar beijos mais ardentes foi
Sandra Bréa (Telma) e Jardel Filho
(Juarez) em "O Bem-Amado" (73).
Em "Gabriela" (75), transgressão
total: os beijos de Gabriela (Sonia
Braga) e Nacib (Armando Bogus)
até hoje estão, para Alencar, entre
os mais sensuais da TV.
Nos 70, havia os beijos proibidos
de Lili (Elisabeth Savalla) e Márcio
(Tony Ramos) em "O Astro" (78).
Os anos 80 trouxeram uma liberação progressiva do beijo, até o
beijo incestuoso de Jocasta (Vera
Fischer) e Édipo (Felipe Camargo),
em "Mandala" (87/88).
"Nos anos 90, a beijação chegou
ao que vemos hoje, com cenas
mais fortes", afirma Alencar. O
coordenador da Oficina de Atores
da Globo, Tônio Carvalho, diz que
cenas de beijos não merecem preparação especial. "A intensidade
do beijo depende da cena. O beijo é
natural no cotidiano e deve ser tratado como tal na ficção."
(FE)
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