São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2000

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Aficionados têm confraria



DA SUCURSAL DO RIO

A paixão em comum pela história do Rio já formou uma confraria de aficionados em livros sobre a cidade. Não há estatuto nem sede. Tudo é feito informalmente. O grupo é composto por colecionadores e autores de publicações.
Sérgio Fridman, autor de três livros, se diz um comprador compulsivo. Já teve uma biblioteca com 2.000 livros só sobre o Rio. Vendeu a coleção logo depois que se separou da mulher. "Tenho um arrependimento terrível, sei que vai ser difícil reaver os livros", afirma Fridman, colecionador há mais de 20 anos.
Eulália Junqueira, autora de um livro sobre chafarizes e monumentos, aponta os benefícios do intercâmbio. "Um liga para o outro e a gente vai trocando figurinha", conta. O historiador Milton Teixeira acredita que está havendo uma recuperação de valores da cidade. "O carioca tem fama de romper com o próprio berço, derrubou o Morro do Castelo, já desfigurou a cidade, mas ela continua bonita. Só não podemos cair no saudosismo", diz o historiador.
A professora de história Ítala Regina de Almeida não faz parte do grupo. Mas é tão viciada pelo Rio que deixa um pedido permanente de reserva nas livrarias. "Eu compro qualquer coisa sobre o Rio: livros pequenos, grandes, só de textos, só de fotos, tudo", diz.
Para aqueles que pensam em formar uma coleção sobre a cidade, Sérgio Fridman aponta os cinco livros mais importantes na sua opinião: "Meios de Transporte no Rio de Janeiro", de Noronha Santos, "Rio Antigo", de Charles Dunlop, "Memórias da Cidade do Rio de Janeiro", de Vivaldo Coaracy, "Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro", de Joaquim Manoel de Macedo, e "Aparências do Rio de Janeiro", de Gastão Cruls. (CK)






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