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Aficionados têm confraria
DA SUCURSAL DO RIO
A paixão em comum pela história do Rio já formou uma confraria de aficionados em livros sobre
a cidade. Não há estatuto nem sede. Tudo é feito informalmente. O
grupo é composto por colecionadores e autores de publicações.
Sérgio Fridman, autor de três livros, se diz um comprador compulsivo. Já teve uma biblioteca
com 2.000 livros só sobre o Rio.
Vendeu a coleção logo depois que
se separou da mulher. "Tenho um
arrependimento terrível, sei que
vai ser difícil reaver os livros",
afirma Fridman, colecionador há
mais de 20 anos.
Eulália Junqueira, autora de um
livro sobre chafarizes e monumentos, aponta os benefícios do
intercâmbio. "Um liga para o outro e a gente vai trocando figurinha", conta. O historiador Milton
Teixeira acredita que está havendo uma recuperação de valores da
cidade. "O carioca tem fama de
romper com o próprio berço, derrubou o Morro do Castelo, já desfigurou a cidade, mas ela continua
bonita. Só não podemos cair no
saudosismo", diz o historiador.
A professora de história Ítala
Regina de Almeida não faz parte
do grupo. Mas é tão viciada pelo
Rio que deixa um pedido permanente de reserva nas livrarias. "Eu
compro qualquer coisa sobre o
Rio: livros pequenos, grandes, só
de textos, só de fotos, tudo", diz.
Para aqueles que pensam em
formar uma coleção sobre a cidade, Sérgio Fridman aponta os cinco livros mais importantes na sua
opinião: "Meios de Transporte no
Rio de Janeiro", de Noronha Santos, "Rio Antigo", de Charles Dunlop, "Memórias da Cidade do
Rio de Janeiro", de Vivaldo Coaracy, "Um Passeio pela Cidade do
Rio de Janeiro", de Joaquim Manoel de Macedo, e "Aparências do
Rio de Janeiro", de Gastão Cruls.
(CK)
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