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Minas vê ode à natureza de Sergio Rezende
TEREZA NOVAES
ENVIADA ESPECIAL A TIRADENTES (MG)
Em "O Cinema É Meu Jardim",
Sergio Rezende faz uma ode à natureza e à relação dele com o cinema. Seu filme mais recente foi
uma das atrações da noite de anteontem da 8ª Mostra de Cinema
de Tiradentes, que começou na
última sexta e vai até amanhã.
"Fiz como um caçador de borboletas. Demorei três anos, fui andando com uma câmera na mão,
sem saber o que o filme seria. Não
tinha roteiro nenhum", conta.
O resultado é uma produção
despretensiosa, feita em vídeo e
com narração do próprio Rezende, que mistura documentário
com uma linguagem poética. O
diretor começa com um trecho do
Gênesis, passa por Monet e Burle
Marx e vai à Holambra, onde as
flores são o principal negócio.
Após "O Cinema É Meu Jardim", o próximo projeto de Sergio Rezende é um filme sobre a estilista Zuzu Angel (1921-76), cujas
filmagens devem começar em junho. O roteiro é de Marcos Bernstein (de "O Outro Lado da Rua").
O elenco ainda não está confirmado -o diretor só revela a intenção de convidar Amy Irving para
o papel da atriz e publicitária Joan
Crawford, cliente de Zuzu. Kim
Novak e Liza Minelli também faziam parte da clientela da estilista.
Depois da morte de seu filho,
Stuart, em 1971, assassinado pelo
regime militar, Zuzu se engajou
na luta contra a ditadura.
Ela denunciou a tortura aos políticos que conheceu nos EUA, e
suas roupas faziam alusão ao regime, com bordados de jipes do
Exército e sóis enjaulados. Antes
de morrer, em um suspeito acidente de carro, ela enviou cartas a
amigos dizendo que estava sendo
ameaçada.
A jornalista Tereza Novaes viaja a convite da Mostra de Cinema de Tiradentes.
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