Grupo irlandês inicia turnê pelo Brasil com apresentação hoje no Rio de Janeiro; amanhã, eles tocam em São Paulo

Liderada pela vocalista Dolores O'Riordan, a banda fez grande sucesso nos anos 1990 com músicas como "Linger" e "Zombie"

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

"Eu me afastei da política. Estou numa fase paz e amor." A autora da frase é Dolores O'Riordan, irlandesa que comanda a banda The Cranberries e que, nos anos 1990, se fazia ouvir com hits engajados como "Zombie" e "Salvation".
Com mais de 15 milhões de cópias vendidas de seus cinco discos, o Cranberries deu um tempo em 2003 -seus integrante seguiram em projetos solo. No ano passado, a banda se reagrupou para uma turnê que chega hoje ao Brasil, com uma apresentação no Rio de Janeiro. Amanhã, tocam em São Paulo. Depois seguem para Belo Horizonte e Porto Alegre.
Caçula de sete irmãos, O'Riordan entrou para a banda ao responder a um anúncio de jornal. Mas, com voz forte, tornou-se o centro do grupo.
O quarteto lançou "Everybody Else Is Doing It, So Why Can't We?", em 1993. Puxado por singles como "Linger" e "Dreams", o disco rapidamente tornou-se um best-seller. A banda excursionou pela Europa e ganhou os EUA. "Linger" ainda é a música mais conhecida do Cranberries.

Fase ruim
Em 1994, veio "No Need to Argue", que trazia as canções "Ode to My Family" e "Zombie" -esta última, uma espécie de protesto contra os conflitos religiosos na Irlanda do Norte.
A atenção em torno do Cranberries afetou O'Riordan. "Foi uma fase bem ruim. Eu achava que as pessoas estavam me vigiando o tempo todo. Eu não queria sair do meu quarto", ela disse em recente entrevista ao jornal "The Independent".
O Cranberries ainda colocou nas lojas três álbuns: "To the Faithful Departed" (1996), "Bury the Hatchet" (1999) e "Wake Up and Smell the Coffee" (2001) -este último, um fracasso de crítica.
Em carreira solo, O'Riordan lançou os álbuns "Are You Listening?" (2007) e "No Baggage" (2009). Ainda não se sabe se o Cranberries soltará novo disco.