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MÚSICA
Miniturnê da banda norte-americana passa pelo México, Chile e Argentina; show no Brasil será dia 7 de março
Biohazard mostrará novas músicas em SP
MARCELO VALLETTA
DA REDAÇÃO
"Enjoamos de nos concentrar
na gravação do novo álbum e decidimos dar um pulo na América
do Sul." É simples assim para Billy
Graziadei, guitarrista e vocalista
do Biohazard, grupo nova-iorquino pioneiro na mistura de heavy
metal com rap, estilo que hoje está
no alto das paradas norte-americanas representado por grupos
como Limp Bizkit e seus clones.
Cumprimentando e se despedindo em bom português -a
banda já tocou por aqui em duas
ocasiões, na década passada-,
Graziadei, tossindo muito e de cama, por causa de uma forte gripe,
falou com a Folha por telefone, de
sua casa, em Nova York. Sua banda faz apresentação única no Brasil em São Paulo, no dia 7, em uma
miniturnê que também passa pelo México, Chile e Argentina.
O músico lamenta por tocar só
uma vez em São Paulo. "Amamos
o Brasil, é um lugar legal de tocar e
de visitar, conhecemos muita
gente boa aí. Mas só recebemos a
oferta para tocar uma vez em São
Paulo, infelizmente."
Ele diz que o grupo trará novidades. "Vamos tocar coisas novas
e gravar algumas coisas dos
shows. Espero que seja muito melhor desta vez."
O novo disco, previsto para sair
em junho, é o primeiro a ser produzido totalmente pelos integrantes do Biohazard. "Estamos fazendo o disco sozinhos. É a primeira
vez que não temos a pressão de
um grande estúdio e de um produtor nos apressando. Agora podemos ter certeza de que vamos
fazer do jeito que queremos."
E o que eles querem é peso e
agressividade. "Definitivamente,
é mais brutal e agressivo do que
tudo o que a gente já fez. É muito
na sua cara, o som está grande,
encorpado. Nossas letras lidam
com tópicos tão complicados que
as músicas precisam ser agressivas e afiadas", afirma.
A influência do hip hop, que
não apareceu muito no disco anterior, "New World Desorder", de
99, desta vez deverá ser mais forte.
"E teremos muitos convidados.
Alguns ainda não estão confirmados, mas Sen Dog, do Cypress
Hill, participa da música "Last
Man Standing'", conta Graziadei.
Sobre as bandas que seguiram a
trilha do rap metal aberta pelo
Biohazard e pela colaboração dos
rappers Public Enemy com os
metaleiros do Anthrax, o guitarrista não soa rancoroso.
"Quando bandas ficam populares ou alguma coisa nova surge,
muitos grupos começam a seguir
o novo estilo. Às vezes os inovadores estão à frente de seu tempo,
outras vezes levam o crédito por
algo que eles não criaram. Sempre
acontece de bandas imitarem estilos dos outros. Mas imitar não é
igual a duplicar. Você pode imitar
algo, mas não substituí-lo", diz,
aproveitando para elogiar Limp
Bizkit e Kid Rock.
Graziadei também elogia o Metallica, banda hoje malvista pelos
ataques ao Napster, programa
que facilita ouvir música pelo
computador. "Não gosto dos discos novos deles de jeito nenhum,
mas respeito os caras. Todas as
vezes que os vi ao vivo, eu pirei."
Entre os rappers, ele elogia Outkast, Wu-Tang Clan, Cypress Hill
e DMX. Sobre Eminem, diz que "é
um grande letrista, ele tem a manha com as palavras".
E os elogios de Graziadei sobram até para as bandas brasileiras. Além do Sepultura, ele destaca Ratos de Porão e Pavilhão 9 entre as suas preferidas.
Show: Biohazard
Quando: 7 de março, a partir das 21h30
Onde: Credicard Hall (av. das Nações
Unidas, 17.955, Santo Amaro, tel. 5643-2500)
Quanto: de R$ 35 a R$ 50
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