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Indústria vive crise decisiva
de Washington
As sete irmãs de Hollywood, os
tradicionais grandes estúdios, podem não estar a caminho de Detroit (analogia com a quase destruição da indústria automobilística norte-americana no final dos
anos 70), como sugere a revista
"The Economist", mas com certeza passam por crise decisiva.
O sucesso dos produtores estrangeiros e independetes no 69º
Oscar é apenas a ponta do iceberg
de dificuldades que MGM,
Sony-Columbia, Universal, Disney, Time Warner, Twentieth
Century Fox e Paramount enfrentam e ainda vão enfrentar.
No corpo do problema estão as
novas tecnologias de comunicação, que vão facilitar a vida dos
seus atuais adversários, o aparecimento de mais e mais pessoas e
grupos econômicos dispostos a investirem em cinema, o fracasso
criativo de seus próprios produtores e os custos enormes dos filmes
que produzem.
Embora eles ainda detenham
80% do mercado de cinema e 70%
do de TV no mundo, os sete grandes estúdios vêm perdendo público e lucratividade.
O custo médio de sua produção
(US$ 40 milhões) e de marketing
(US$ 9 milhões) é alto para qualquer padrão e só tem feito aumentar em termos reais a índices de fazer inveja a qualquer milagre brasileiro (cerca de 6% ao ano).
Mas o número de ingressos vendidos em média para cada um de
seus filmes tem caído 7% ao ano,
apesar de o número de pessoas nos
cinemas estar crescendo.
Mesmo os que acham que Detroit é o futuro de Hollywood reconhecem que nenhuma debacle está
próxima para os grandes estúdios
e que seu poder de adaptação a crises já foi provado no passado,
quando enfrentou primeiro a televisão, depois o videocassete. Mas
que há pedras no caminho, há.
(CELS)
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