São Paulo, sexta, 28 de março de 1997.

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Grupo lançou o "neopsicodelismo"

especial para a Folha

No começo, em 1978, o Echo era apenas um trio, The Bunnymen, sem baterista. Logo em seguida, a banda estreou uma bateria eletrônica, batizada de Echo.
Um ano depois, já com um baterista de verdade, Pete de Freitas, o Echo começou a tocar em todos os clubes e teatros de Liverpool, sua terra natal, até assinar com a pequena gravadora Zoo.
Seu primeiro LP, ``Crocodiles'', de 1980, é uma impressionante estréia, misturando sons que lembram Doors, Velvet Underground e Pink Floyd, além das letras abstratas de Ian McCulloch.
Foi um dos marcos da "neopsicodelia", que tomou conta da Inglaterra nos anos 80.
O auge aconteceu em 84, ano do lançamento do quarto disco da banda, ``Ocean Rain''.
Graças à canção ``Killing Moon'', uma de suas baladas mais climáticas e sensuais, o grupo atingiu o sucesso, pelo menos na Europa, já que nunca foi muito bem nos Estados Unidos.
Também prestou uma homenagem ao estilo Jim Morrison (líder dos Doors), na canção ``Thorn of Crowns''. McCulloch sempre foi acusado de fazer uma cópia descarada, o que sempre contestou.
As primeiras divergências começaram em 85, quando o baterista Pete de Freitas, deixou a banda por alguns meses.
No mesmo ano, o Echo and The Bunnymen lançou a coletânea ``Songs to Learn and Sing'', com uma canção inédita: ``Bring on the Dancing Horses''.
O grupo tentou ainda sobreviver por mais algum tempo. Em 87, veio ao Brasil, tocando em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
A banda ainda embarcaria para os Estados Unidos, em uma excursão conjunta com o New Order, antes da separação definitiva.
Depois da saída de Ian e da morte de Pete, o grupo fez um último trabalho, ``Reverberation'', que colecionou críticas desfavoráveis. Um triste epitáfio. (RLC)
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