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O astronauta interpretado por Tim Robbins flutua no espaço em "Missão: Marte", ficção dirigida por Brian De Palma que pousa hoje nos cinemas brasileiros

LÚCIO RIBEIRO
em Nova York

O planeta vermelho dos homenzinhos verdes volta a colorir em tonalidades berrantes o imaginário terrestre, muito em particular o americano.
O filme "Missão: Marte", de Brian De Palma, que estréia hoje no Brasil, é a mais marcante oferta hollywoodiana ao país que teve notificadas 2.416 visões de discos voadores no ano passado.
O mesmo país em que, em recente pesquisa da revista "Life", mais da metade dos entrevistados acredita em vida inteligente fora da Terra, em alguma das 100 bilhões de estrelas de cada uma das 100 bilhões de galáxias.
E onde na mesma pesquisa quase 3 milhões de americanos disseram já ter encontrado um "alien".
A febre do terceiro grau está de volta. A primeira pergunta de um especial recente sobre ciência da revista "Time" era se seria possível viver no planeta Marte neste século que se aproxima.
A revista falou de sérios projetos que prevêem a criação de uma colônia humana em Marte nas próximas duas décadas.
Mais: há poucos dias, uma empresa norte-americana congestionou a Internet ao publicar algumas imagens da tão falada Área 51, a região desértica ao sul de Nevada que abriga uma instalação militar antes ultra-secreta e hoje banalizada. Base governamental de testes de mísseis e aeronaves para alguns e depósito de restos de naves espaciais para outros.
A Aerial Images pôs na web (www.terraserver.com) fotos tiradas em 1998 por um satélite lançado pela agência russa Sovinformsputnik, que mostra instalações, aeroportos e crateras abertas durante testes nucleares.
Mas o que a cultura tem a ver com isso? Sem contar o filme de De Palma, é só ir à TV para encontrar marcianos. Além de frequentarem o famoso "Arquivo X", as criaturas verdes viraram adolescentes na novíssima e boa série "Roswell" (na Fox, às quartas).
"Roswell", que inclusive ilustra a capa sobre os OVNIs da "Life", tirou seu nome da cidadezinha do Novo México onde um disco voador teria caído em 1947. O Exército, que teria capturado quatro seres, confirmou a história da queda, para depois desmentir, o que ajudou a imortalizar o chamado "Incidente Roswell".
No cinema há a produção "What Planet Are You From?", que esteve em cartaz na América desde março, tem anunciada sua chegada à Europa agora em maio, mas ainda não está programado para estrear no Brasil.
"What Planet...", que tem Annette Bening, Linda Fiorentino, Ben Kingsley e John Boorman no elenco, é uma comédia sobre um ET que vem à Terra com a missão de encontrar uma mulher e ter um bebê. Porém, a viagem e a transformação em figura humana até que vão ser tarefas bem fáceis para o ET. Mas a missão...
Outro filme que bota humor em cima dessa gente do outro mundo é "Galaxy Quest", que nos EUA chega agora em badalado lançamento em vídeo, mas a Europa já começa a ver nos cinemas.
Estrelado pela "senhora alien" Sigourney Weaver, o filme mostra a engraçada história de um grupo de atores de um antigo seriado de TV de ficção científica que, muitos anos depois de o programa ter sido cancelado, levanta um dinheiro aparecendo fantasiado em convenções e feiras do tema.
O problema é que uns alienígenas chegam à Terra, tomam os atores como reais e os levam ao espaço para salvarem os ETs em uma guerra intergaláctica.
Já a trilha sonora de Marte já foi lançada do outro lado do Atlântico, no Reino Unido. O grupo inglês Blur colocou no single "No Distance Left to Run", de novembro do ano passado, a canção "Beagle 2". A música foi encomendada por cientistas ingleses para ser a trilha da missão espacial de mesmo nome quando a nave espacial pousar em solo marciano, em 2003.



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