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CIÊNCIA
Série retrata missão tripulada em Marte
SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Nublando a fronteira entre a ficção e a realidade científica, "Odisséia Espacial" é um programa que
consegue manter qualquer um
que já sonhou em ser astronauta
sentado na ponta da poltrona.
Dividida em dois capítulos, a série, produzida no ano passado pela rede britânica BBC, vai ao ar
por aqui no Discovery Channel.
Combinando filmagens de atores
em locações e sensacionais efeitos
de computação gráfica, o programa lembra uma superprodução
do cinema. E, o que é melhor para
quem gosta de ciência, sem os
desvarios hollywoodianos que
costumam vir com espetáculos visuais desse calibre.
O programa narra a história de
uma nave interplanetária tripulada chamada Pegasus, numa missão de seis anos por vários astros
no Sistema Solar. O primeiro programa mostra um pouso tripulado em Vênus, com temperaturas
na casa dos 500 C, e em Marte, o
gélido planeta vermelho. Já o segundo, leva a audiência a Júpiter,
com direito a um pouso na lua
vulcânica Io, e a Plutão, o mais
distante e frio dos planetas. De
bônus, uma parada num cometa.
Como os cinco astronautas a bordo poderiam enfrentar esses ambientes, tão díspares e inóspitos?
Pressupondo várias revoluções
tecnológicas -e forçando apenas
ligeiramente a barra, em nome da
divulgação e da fascinação da
ciência planetária-, "Odisséia
Espacial" traz essas respostas. E
com um embasamento raras vezes visto em produções na TV.
As concepções representadas
nas viagens da Pegasus foram feitas com base em consultas a vários cientistas da Nasa, que estiveram envolvidos com as principais
missões robóticas não-tripuladas
enviadas aos planetas até hoje. Ao
longo dos dois capítulos, as menções podem até parecer discretas,
mas a contribuição das sondas favoritas do público e dos cientistas
está toda lá -Mariner, Venera,
Viking, Pioneer, Voyager, só para
citar as mais famosas. Imperdível.
Odisséia Espacial
Quando: hoje, às 12h (1º programa) e 13h (2º programa), no Discovery.
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