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Hollywood lamenta morte de Pollack
Atores como Robert Redford falam sobre o cineasta norte-americano, morto anteontem em decorrência de câncer
"Ele fez do cinema algo melhor", disse George Clooney sobre Pollack, que ganhou o Oscar de direção por "Entre Dois Amores"
DA REPORTAGEM LOCAL
"Sydney fez do mundo um lugar melhor, fez do cinema algo
melhor e até mesmo fez de jantares algo melhor. Ele fará uma
falta enorme." Foi com essas
palavras que o ator George
Clooney lembrou o cineasta
norte-americano Sydney
Pollack, morto na última segunda-feira, aos 73 anos.
Segundo assessores, Pollack
morreu na Califórnia, em decorrência de um câncer.
Pollack atuou ao lado de
Clooney em "Conduta de Risco", filme que recebeu sete indicações ao Oscar neste ano
-Tilda Swinton ganhou o troféu de atriz coadjuvante.
"Minha relação com Sydney,
tanto pessoal como profissional, existe há mais de 40 anos. É
algo muito pessoal para expressar em poucas palavras", afirmou em nota o ator Robert
Redford, que foi dirigido por
Pollack em filmes como "Nosso
Amor de Ontem" (1973), "Três
Dias do Condor" (1975) e "Entre Dois Amores" (1985).
"Ter tido a oportunidade de
conhecer e de trabalhar com
Sydney foi um grande presente
que recebi. Ele era um bom
amigo e um diretor fenomenal", lembrou Sally Field.
A atriz trabalhou com Pollack em "Ausência de Malícia",
filme que teve em seu elenco
Paul Newman.
"Nós começamos juntos em
Nova York, e ele sempre se superava em qualquer coisa que
fazia", afirmou anteontem o
ator Martin Landau.
Se, no início, Pollack privilegiou a carreira de ator -estudou no teatro Neighborhood
Playhouse-, a partir da segunda metade dos anos 60 ele se
dedicou à direção de filmes.
Ganhador do Oscar de direção em 1986 por "Entre Dois
Amores", foi indicado para o
prêmio também por seu trabalho em "A Noite dos Desesperados" (1969) e "Tootsie" (1982).
"Sydney deixava o diálogo e
as emoções de uma cena se comunicarem naturalmente. Não
gostava de truques cinematográficos; ele tinha um toque sutil, e seu foco na história nos
permitia habitar o mundo que
ele criava em seus filmes", disse
Michael Apted, cineasta e presidente do Sindicato dos Diretores dos Estados Unidos.
Sobre o fato de atuar e dirigir,
Pollack chegou a dizer, em
2005, durante o Tribeca Film
Festival, em Nova York: "A
maioria dos grandes cineastas
que conheço não atuaram, então não dá para dizer que seja
um pré-requisito. Mas, por outro lado, [ser ator] me dá uma
grande ajuda".
"Espião"
Com humor, Pollack dizia
que gostava tanto de atuar em
filmes de outros cineastas para
"espiar como outros diretores
trabalham". Para ele, "são como leões, que urinam em cada
canto para marcar seu espaço."
Entre os cineastas que dirigiram Pollack estão Woody Allen
("Maridos e Esposas"), Robert
Altman ("O Jogador") e Stanley
Kubrick ("De Olhos Bem Fechados").
"Ele fala em uma língua que
os atores conseguem entender", disse Ed Harris, que trabalhou com o cineasta em "A
Firma" (1993). "Sabia conversar a respeito de cada situação."
Com agências internacionais
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