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"Não é relato,
mas literatura"
em Paris
Kathryn Harrison acredita que
os motivos que a levaram a um
certo confronto com parte da mídia norte-americana são literários.
Para ela, apesar de elogiosas resenhas, como a do jornal "The
New York Times", os críticos sentiram um extremo desconforto em
não saber de que maneira rotular
seu livro.
"Tenho recebido estranhos convites, sempre para participar de
programas de escândalo e aberrações na TV de meu país", fala.
"The Kiss", segundo sua própria
definição, é um trabalho essencialmente literário que usa a experiência pessoal, mas não é simplesmente um relato.
"Meu livro não é apenas uma
obra confessional, um diário ou
um relatório de infelicidades dos
primeiros 25 anos de minha vida. E
nem mesmo o incesto é o seu principal tema", diz .
"Se você precisa de uma explicação sobre o que é o livro", Harrison prossegue, "eu diria que se
trata, na verdade, da história de
minha relação com a minha mãe.
Como durante muitos anos da minha vida eu a odiei a ponto de ter
um triângulo amoroso com ela."
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